sábado, 1 de novembro de 2014

OS NOMES DE DEUS E SEUS SIGNIFICADOS.

O homem em toda parte acredita na existência de um Ser Supremo ou seres a quem é moralmente responsável e a quem necessita oferecer propiciação. Tal crença pode ser crua e mesmo grotescamente representada e manifestada, mas a realidade do facto não é mais invalidada por tal crueza do que a existência de um pai é invalidada pelas cruas tentativas de uma criança para desenhar o retrato de seu pai”.- Evans

Personalidade de Deus

Pode-se definir personalidade como existência dotada de auto-consciência e do poder de auto-determinação.

São três os elementos constitutivos da personalidade: intelecto, ou poder de pensar; sensibilidade, ou poder de sentir; e volição, ou poder de vontade. Associados a esses, temos a consciência e a liberdade de escolha. Se pudermos provar que a Deus são atribuídas operações de intelecto, sensibilidade e volição, então podemos afirmar Sua personalidade.

1- A realidade bíblica da personalidade de Deus é estabelecida pelos nomes dados a Deus e que revelam personalidade.

Um dos nomes mais importantes pelos quais Deus se tem feito conhecer é o de “Jeová”. Foi por esse nome e suas várias combinações que Ele se revelounas diversas relações que sustenta com os homens. Jeová foi revelado a Israel na ocasião em que esse foi chamado a confiar em Deus numa nova relação de aliança.

Tudo que significa para nós o nome de Jesus significava “Jeová” para o antigo Israel. Significava para eles tudo que está envolvido na salvação e na benção.

“Eloim” era Deus como Criador de todas as coisas, enquanto que “Jeová” era o mesmo Deus em relação de aliança com aqueles que por Ele haviam sido criados. Jeová, pois, significa o Único Ser eterno e imutável. Que era, que é e que há de vir. É o Deus de Israel e o Deus daqueles que são remidos, pelo que agora, “em Cristo”, podemos dizer: “Jeová é nosso Deus”.

O nome de “Jeová” é combinado com outras palavras, sendo assim formados os chamados “títulos jeovísticos”.

A) “EU SOU” - Ex 3.14 – Jô 8.58

Esse nome revela auto-consciência, “EU SOU O QUE SOU” é o pensamento que fica por detrás do nome “Jeová”.

Três cousas estão ali envolvidas: a auto-suficiência de Deus, Sua absoluta soberania e Sua imutabilidade.

B) “Jeová Jiré” ( O Senhor proverá). Gn 22.13-14.

Esse nome revela providência pessoal.

Foi o nome dado por Abraão ao lugar onde ele sacrificara o carneiro fornecido por Deus em lugar de seu filho Isaque. O Senhor vê e cuida das necessidades de Seus servos.

C) “Jeová Nissi” (o Senhor é nossa Bandeira).

Ex 17.15, ver também Js 5.13,14, Sl 20.7. Esse nome revela liderança pessoal.

Foi dado por Moisés, ao altar que ele erigiu em memória da derrota imposta aos amalequitas por Israel, sob Josué, em Refidim. Deus é aqui revelado como o Senhor que nos conduz contra o inimigo e em cujo nome somos mais que vencedores. A sugestão é que o povo deveria concentrar-se ao redor de Deus, como o exército se concentra em torno de sua bandeira.

D) “Jeová Ropeca” ( o Senhor que sara) Ex 15.26

Esse nome revela preservação pessoal.

O termo “ropeca” significa serzir como se serze uma roupa, reparar como se reconstrói um edifício, curar como se restaura a saúde de uma pessoa enferma. Toda cura, direta ou indireta, vem da parte de Deus. Ele é nossa saúde salvadora.

E) “Jeová Shalom” ( O Senhor nossa paz) Jz 6.24

Esse nome revela Deus como Aquele que concede paz pessoal.

Foi o nome dado por Gideão ao altar que ele erigiu em Ofra, fazendo assim alusão à palavra que o Senhor lhe tinha dirigido: “Paz seja contigo!”.

Esse título também poderia ser traduzido: “O Senhor, que é a paz de seu povo”.Combinado a fé na providência divina, com a confiança em “Jeová” para alcançar a vitória em todas as circunstâncias, encontramos o segredo da paz.

F) “Jeová Raa” ( O Senhor é o meu Pastor). SL 23.1; Sl 95.7.

Esse nome revela orientação, proteção e bondade pessoais.

Tudo quanto os pastores eram para seus rebanhos, e mais ainda, Deus está pronto a ser para os que Lhe pertencem.

G) “Jeová Tisidequenu” ( O Senhor Justiça Nossa). Jr 23.6

Esse nome revela Deus como justiça pessoal imputada, assim satisfazendo nossas obrigações e necessidades pessoais para com Ele.

Israel não tinha justiça própria; era uma nação de gente desviada e rebelde, por isso Deus revelou-se não apenas como Jeová, mas também como Jeová Tisidequenu - “O Senhor Justiça Nossa”. Essa relação tinha de existir antes que Jeová pudesse ser conhecido nas demais qualidades,

H) “Jeová Sabaote” ( Senhor dos Exércitos). 1- Sm 1.3

Esse nome revela liderança e domínio pessoais.

No uso hebraico, “exército” podia significar um e exército de homem, ou as estrelas e os anjos, os quais, em separado ou juntamente, formavam o exército do céu. Assim é que a nação de Israel foi chamada de exército de Jeová. O significado geral do termo é bem expresso no termo “Senhor Onipotente”. Na acepção da idéia de onipotência divina, as forças celestes eram consideradas como unidas numa confederação, liderada pelo único Deus, o Senhor dos Exércitos.

I) “Jeová Samá” ( O Senhor está presente) Ez 48.35

Esse nome revela presença pessoal.

Esse será o nome dado à Nova Jerusalém restaurada e glorificado, conforme vista na visão de Ezequiel. Jeová volta ao templo que Ele havia abandonado, e desse tempo em diante o facto de suprema importância é que Ele está ali, habitando entre Seu povo.

J) “Jeová Elion” ( Senhor Altíssimo) Sl 97.9, 7.17, 47.2, Is 6.1

Esse nome revela preeminência pessoal.

Deus é referido como o deus dos deuses, e apresentado como Quem se assenta em um trono, exaltado e elevado. Tais expressões, juntamente com esse nome, são simples afirmativas da supremacia e da soberania absoluta de Deus. Ele é oDeus Transcendental.

K) “Jeová Micadiskim” ( O Senhor que vos santifica). Ex 31-13

Esse nome revela purificação pessoal.

Apresenta Deus no aspecto subjetivo de Sua obra salvadora e remidora. Ele é o deus que separa do pecado e para si mesmo aqueles a quem Ele salva.

Os nomes que são atribuídos a Deus, nas Escrituras, subentendem relações e acções pessoais, e estas, por sua vez, indicam personalidade.

EVANGELHO NÃO EM PALAVRAS, MAS EM PODER.

"Porque o nosso evangelho não chegou até vós tão somente em palavra, mas sobretudo em poder, no Espírito Santo e em plena convicção, assim como sabeis ter sido o nosso procedimento entre vós, e por amor de vós" 1 Ts. 1:5


Muito feliz é o pastor que pode dirigir ao seu povo estas palavras. Ó! que todos os nossos pastores pudessem, verdadeiramente, dizer isto. Porque não é assim? Certamente se fossemos determinados, como Paulo, a "nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado", se fôssemos cheios do mesmo Santo Espírito, se vivêssemos a mesma vida devota e levássemos a mesma mensagem noite e dia, com lágrimas, deveríamos ser capazes de usar estas preciosas palavras. "Aquele que sai chorando, levando a semente para semear, voltará com cânticos de júbilo, trazendo consigo os seus molhos".


O dia de Pentecostes foi a época dos primeiros frutos. O dia da colheita está por vir. Os apóstolos tiveram a primeira chuva. Nós esperamos pelo tempo das últimas chuvas.


1) Meditemos sobre um ministério mal sucedido.

evangelho chega ao povo só em palavras.
Quão freqüentemente um pastor fiel prega o evangelho e o povo parece bebê-lo com alegria! Uma áurea de eloqüência natural ilumina tudo o que ele diz ou ele tem um estilo emocionado e brando que prende a atenção deles, mas nenhum efeito salvífico parece segui-lo. Corações não são quebrantados e nenhuma alma adicionada à Igreja. Assim foi com Ezequiel "Eis que tu és para eles como quem canta canções de amor, que tem voz suave e tange bem; porque ouvem as tuas palavras, mas não as põem por obra" (Ez. 33:32). Estes são aqueles que recebem a palavra em solo pedregoso; eles ouvem a palavra e sem demora, com alegria, a recebem, mas não tem raiz em si mesmos e ela perdura somente por pouco tempo.


Ó minha alma! tu estás contente em receber o evangelho somente em palavra? Pode um faminto ser alimentado somente com o aroma do alimento? Ou pode um mendigo tornar-se rico somente ouvindo o tilintar do dinheiro? E pode a minha alma faminta encontrar descanso pelo ouvir dos címbalos do evangelho? É temeroso cair no inferno sob o som da misericórdia do evangelho.

Mas há alguns que não somente ouvem o evangelho, mas conhecem o evangelho; e ainda assim ele chega a eles somente em palavras. Quantas crianças crescem sujeitas a pais piedosos, bem catequizadas nas verdades divinas, bem disciplinadas na Bíblia, tendo compreensão do evangelho e possuidoras de todo conhecimento; nenhum ponto é novo para elas. E mesmo assim, não têm visão espiritual; não provam nem vêem que Cristo é bom; não há pedra embaixo de seus pés. Ah! estes são os mais miseráveis de todos os ouvintes inconversos. Eles afundarão mais baixo do que Cafarnaum. Ah! quantos filhos de pastores, quantos professores de escola dominical, quantos pregadores do evangelho podem saber, que o evangelho os alcança somente em palavras e nunca em poder. Quão triste é perecer apontando para a cidade de refúgio; pregar a outros para então ser rejeitado.

Mas há um caminho mais excelente. Voltemo-nos para meditar nele:


2) Um ministério bem sucedido: "nosso evangelho chegou ate vocês em poder".

Que coisa ineficaz o evangelho parece algumas vezes. O pastor é meio envergonhado dele. O povo dorme ante suas mais impactantes afirmações. Porém, em outras vezes, o evangelho é evidentemente, "o poder de Deus para a salvação". Um poder invisível acompanha a palavra pregada, e o templo parece ser a casa de Deus e o portão do céu. Então a palavra de Jeremias é cumprida: "Não é minha palavra fogo, diz o Senhor, o martelo que esmiuça a penha?" (Jr.23:29). Então pecadores resistentes são despertados. Idosos, os de meia-idade e crianças pequenas são levados a clamar: "O que devo fazer para ser salvo?" Um silêncio impressionante toma conta da assembléia. As flechas do Rei de Sião penetram no coração dos inimigos do Rei e o povo é humilhado sob Ele. Ó pecador! o evangelho chega a ti em poder? O martelo do evangelho tem quebrado teu coração de pedra? O fogo da palavra tem derretido teu coração gelado? Tem a voz que é "como o barulho de muitas águas" falado de paz para a tua alma?

"Nosso evangelho chegou até você no Espírito Santo". É Ele, a terceira pessoa da Santa Trindade, que faz com que o evangelho chegue em poder. Era Ele quem "pairava sobre a face das águas", quando este mundo estava sem forma e vazio, e trouxe vida e beleza a um mundo morto (Gn.1:2). É Ele quem se move sobre a face da natureza silenciosa, quando o inverno passa, e traz a vida fresca da primavera para fora do solo frio: “Envias o teu fôlego, e são criados; e assim renovas a face da terra” (Sl.104:30). Mas acima de tudo, é trabalho do Espírito Santo retirar a futilidade dos corações dos pecadores, de tal forma que eles se voltem para o Senhor (2 Co. 3:16). A mente carnal tem uma inimizade tal com Deus, o pecador inconverso está tão morto nos seus delitos e pecados, o homem carnal é tão ignorante das coisas divinas, que precisa haver o trabalho do Todo Poderoso Espírito, avivando, iluminando e tornando-o desejoso, antes que o pecador aceite a Jesus.

Ó pecador! O Espírito Santo veio até você? Doce é a paz que gozam aqueles ensinados por Ele. Quando é tempo de sequidão, pastores militam em vão; eles gastam suas forças por nada e em vão. Eles se sentem como que parados à beira mar, falando às pedras duras, ou às ondas violentas, ou ao indomável vento. Mas, quando o Espírito Santo vem, os mais débeis instrumentos são feitos poderosos, "poderosos em Deus, para demolição de fortalezas". Ó! Ore por tal tempo.


"Nosso evangelho chegou até vós, em plena convicção". Este é o efeito na alma, quando a palavra vem com poder, através da obra do Espírito Santo. A alma, assim instruída, tem uma doce convicção da verdade referente as grandes coisas reveladas no evangelho.

Quando um homem contempla o sol, ele sente uma certeza de que ele não é trabalho de homem, mas de Deus. Também quando um pecador tem seus olhos ungidos, ele vê a beleza gloriosa e a abundância de Cristo, de forma que seu coração se enche com uma confortável certeza da verdade do evangelho. Ele não pergunta por evidências. Ele vê evidência suficiente no próprio Cristo. Ele diz: eu sou todo culpado, Tu és Jeová minha justiça. Eu sou todo débil, tu és Jeová meu estandarte. Eu sou todo vaidade, em Ti habita toda a plenitude da divindade. "O meu amado é meu, e eu sou dele; ele apascenta o seu rebanho entre os lírios”. É isto que enche o peito com jubilo e paz. É isto que dá um doce senso de perdão e proximidade com Deus. É isto que nos capacita a orar. Agora podemos dizer: "Então minha alma se regozijará no Senhor; exultará na sua salvação"; "Eu sei que o meu Redentor vive"; "Quem nos separará do amor de Cristo?".

Este é o evangelho que chega em plena convicção. Ó! Feliz ministro que pode tomar estas palavras de Paulo e dizer "nosso evangelho não chegou até vós tão somente em palavra, mas sobretudo em poder, no Espírito Santo e em plena convicção, assim como sabeis ter sido o nosso procedimento entre vós, e por amor de vós".