segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

QUE A PAZ DE CRISTO SEJA ETERNA EM VOSSOS CORAÇÕES....

Amados irmãos e irmãs em Cristo que cooperam conosco na difusão do Verdadeiro Evangelho, trabalhando incansavelmente nesta singela obra, a qual parece insignificante aos olhos dos homens, mas é preciosíssima para nós e o nosso Deus, pois estamos cientes de que Ele conhece todas as coisas, e usa de muitas maneiras para alcançar tanto os que estão perto; como também aqueles que ainda estão longe.
Esta breve mensagem tem por objetivo, demonstrar em sinceridade de coração, todo a nossa gratidão para convosco, pois ao longo do tempo decorrido, vós tendes sido para nós, como pedras preciosas, o que nos faz lembrar e compreender o amor que o nosso irmão Paulo demonstrava para com os irmãos de sua época, ao ponto de dizer-lhes:
Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos os homens (II Coríntios 3.2).
Portanto, diante da expectativa de um novo ano, aproveitamos esta rica oportunidade para agradecer a cada um de vós que compartilhou conosco; que se lembrou de nós e do próximo em suas orações nos momentos difíceis que vivenciamos; que anunciou o Evangelho que liberta cura e salva o homem da perdição.
Agradecemos a Deus por suas vidas, e por todas as vezes que vos lembrastes de dar ao menos um copo de água fria para saciar a sede do necessitado.
Desejo e oro para que continuem conosco em oração, vivendo intensamente cada momento de vossa vida cristã; divulgando em larga escala a mensagem do Evangelho verdadeiro; e estando dispostos a fazer tudo e um pouco mais, a fim de que o Evangelho do Reino de Deus, seja anunciado a toda criatura, chegando até aos confins da terra.
Que saibam remir o tempo, não desperdiçando nenhuma oportunidade para anunciar o Cristo Vivo, porque sabemos que o próprio Deus não sente prazer na morte do ímpio, e que para isso fomos chamados por decreto do Altíssimo, a fim de que levemos a paz a esses corações, através da mensagem para salvação de muitas almas, pelo precioso sangue de Cristo.
Porque o Senhor recomenda amar cordialmente uns aos outros com amor fraternal, e não sejais vagarosos no cuidado; mas fervorosos no espírito, servindo ao Senhor (Romanos 12.11).
Mas também tomamos a liberdade de lembrar-lhes, amados irmãos, que os dias que estamos vivendo, estão cada vez mais difíceis, pois perto está o principio das coisas que hão de acontecer, a fim de que se cumpra a vontade do Pai Altíssimo, o qual tudo criou.
E se a mensagem de salvação encoberta para muitos, foi revelada a nós, os pequeninos, é necessário que tenhamos sempre em nossos corações, os ensinamentos do Mestre, lembrando de suas Palavras: De graça recebestes,  de graça dai (Mateus 10.8).
O nosso papel é somente anunciar a verdade pelas virtudes do Espírito Santo, deixando os resultados com Deus, e crendo, que a sua Palavra jamais votará vazia. 
Continuamos ao inteiro dispor dos irmãos para novas sugestões, a fim de que nos aprimoremos em tudo e nos aproximemos a cada dia da perfeição (Mateus 5.48), sem a qual ninguém verá a Deus.
Que o infinito amor do Deus Altíssimo que excede a todo entendimento, seja copiosamente diluído em vossos corações e a igreja que está em vossas casas, nos dias que se chama hoje, e no tempo vindouro a vida eterna com Cristo e os seus santos, num lugar onde não haverá mais morte, nem pranto e nem dor, e onde Deus enxugará dos seus olhos toda lágrima.
No amor de Cristo,

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

É LÍCITO AO CRENTE COMEMORAR O NATAL ?

Sabe-se que com relação à data do nascimento de Jesus Cristo, os historiadores não  afirmam  com exatidão o ano em que isso aconteceu; muito menos o dia e o mês em que nascera o nosso Redentor.
Também não se pode determinar com precisão como esta festa permeou as diversas religiões do mundo, e nem se a data desta festividade teve origem na pagã Brumália (25 de dezembro), que seguia a Saturnália (17 a 24 de dezembro), onde era comemorado o nascimento do deus sol. Leia mais: A origem do natal.
Simplesmente não há registros na história com relação a este dia. O mesmo foi escolhido tão somente por conveniência religiosa e política.
Mas o fato é que todos os anos, no dia 25 de dezembro, as nações comemoram o nascimento de Jesus Cristo, ainda que a maioria delas não compreenda a verdadeira razão pela qual Cristo veio ao mundo.
Pois, mesmo que o nascimento do Messias tivesse acorrido realmente no dia 25 de dezembro, para os que servem ao Senhor em Espírito e em Verdade, a grande virtude do Mestre não deve estar no seu nascimento, e sim na sua morte e ressurreição, pois, Cristo morreu para pagar o mais alto preço pelos nossos pecados; e ressuscitou para nos ofertar a vida eterna.
O nascimento de Cristo não teve outro objetivo, senão, o de salvar o homem que estava morto na maldição do pecado, e pelo seu sangue derramado na cruz, anulou a antiga cédula que havia contra a humanidade, escrevendo assim um Novo Mandamento pela aspersão do seu próprio sangue, pelo qual nos é apresentado o caminho da salvação.
 Porque se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele. I Tessalonicenses 4.14.
 Que diríamos então: Deveríamos comemorar a morte e ressurreição de Jesus ao invés de comemorarmos seu nascimento? De maneira alguma, a Palavra de Deus, apesar de não afirmar que a comemoração do aniversário dos nossos entes queridos é considerada pecado, não dá nenhuma ênfase para que procedamos desta forma, e por outro lado, há um detalhe muito importante que precisamos considerar:
As duas únicas festas de aniversário narradas na bíblia terminaram com tragédias. A primeira ocorreu no Antigo Testamento, narrada no Capítulo 40 de Gênesis, por ocasião do aniversário de Faraó do Egito: o padeiro-mor no palácio real,  teve a cabeça decapitada e lançada aos pássaros.
A segunda narrativa de tragédia em festividade natalícia foi descrita no livro de Mateus 14.3-12, no tempo em que o Rei Herodes o Tetrarca, mandou degolar o profeta João Batista ainda no cárcere, e ofereceu a sua cabeça em prémio para a filha de Herodias, sua concubina, pois João havia reprovado a conduta do Rei, dizendo que não lhe era lícito possuir a mulher do seu irmão.
Amados, esses legados nos levam a crer que não é relevante comemorarmos  aniversários, nem mesmo o de Cristo, ao contrário, a bíblia nos deixaria alguma orientação neste sentido.
Além disso, é notório que as festas natalinas possuem uma finalidade puramente comercial, e, ainda que as religiões promovam algumas atividades rituálicas em torno desse tema, em nada edificam o Corpo de Cristo, que é a sua igreja, pois, as cerimonias são vazias, sem inspiração divina e, sem nenhum fundamento nas escrituras. 
Mas a mídia, através de marketings conseguiu criar um falso clima de festas, onde a alegria e a harmonia são chamadas de “espírito natalino”. As pessoas acabam  envolvidas por essa anedota de tal forma que esperam por uma felicidade extraordinária na noite de natal;  e sonham com um regozijo surreal que não existe.
As pessoas são seduzidas por esse “espírito natalino” que não vem do Altíssimo, porque é o espírito da idolatria, da mentira, da hipocrisia e da falsidade, uma festa genuinamente pagã.
Nessas festas inclui-se também as comilanças, bebedeiras, comemorações e outras desventuras  que, na maioria das vezes trazem resultados catastróficos, pois os que participam desses banquetes são seduzidos por esse mesmo espirito natalino e se afogam no pecado, porque a festa natalina é uma oferenda aos demônios e não a Cristo, e a Palavra alerta:
Meus  amados, fugi da idolatria. Falo como a criteriosos; julgai vós mesmos o que digo, porventura, o cálice da bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é a comunhão do corpo de Cristo?
Que digo, pois? Que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Ou que o próprio ídolo tem algum valor?
 Antes, digo que as coisas que eles sacrificam, é a demônios que as sacrificam e não a Deus; e eu não quero que vos torneis associados aos demônios.
 Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios; não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios (I Coríntios 10.14-21).
E satanás continua preparando gigantescas armadilhas para os servos do Senhor. Observem que já existe nas gôndolas dos supermercados o  champanhe sem álcool criado especialmente para o público infantil.
As embalagens são de personagens de desenhos animados, os heróis exibidos nas redes televisivas, e os criadores tiveram o cuidado de abranger ambos os sexos com imagens apropriadas.
I Tessalonicenses 5.22, a Palavra exorta: Abstende-vos de toda aparência do mal. Observe que, ainda que a bebida não contenha álcool, mas tem aparência de bebida alcoólica, é ingerida como se fosse bebida alcoólica, e o mais preocupante é impulso desse mal para que amanhã essas crianças se tornem alcoólatras.
E um detalhe que me chamou atenção foi legenda do rótulo: PARA AS CRIANÇAS NÃO FICAREM  FORA DA FESTA.
Amados, a Palavra de Romanos 14.17 exorta dizendo: “O Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo”.
E nos versículos 20 e 21 adverte: Não destruas por causa da comida a obra de Deus. É verdade que tudo é limpo, mas mal vai para o homem que come com escândalo.
Bom é não comer carnenem beber vinho, nem fazer outras coisas em que teu irmão tropece, ou se escandalize, ou se enfraqueça.
Analisem a recomendação do Senhor, comer carne ou qualquer outro alimento não é pecado, mas o ajuntamento para comer e beber com extravagância  é algo que desagrada o coração do Senhor.
Não estamos nos referindo às festividades mundanas em geral, mas àquelas onde o precioso nome do altíssimo é profanado; festas frequentadas até mesmo por aqueles que se dizem cristãos, como as de natal e páscoa.
Na realidade, tais festividades não reverenciam e nem adoram ao Senhor dos senhores, pois não passam de festas pagãs. Porque os manjares são para o ventre, e o ventre, para os manjares; Deus, porém, aniquilará tanto um como outro (I Coríntios 6.13).
Diante de tudo isso perguntamos: É licito ao crente comemorar o natal?
Deixemos a própria Palavra responder: Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma (I Coríntios 6.12).  
Portanto amados, a nossa humilde orientação é para que os irmãos não caiam nas armadilhas do inimigo, buscando alegria e prazeres nas coisas materiais e terrenas. E quando houver ajuntamento seja com amigos, companheiros ou familiares que não a façam para desagradar ao Pai, mas para louvar, honrar e glorificar o seu Santo e Poderoso Nome.
não vos deixeis levar em redor por doutrinas várias e estranhas,  porque bom é que o coração se fortifique com graça e não com manjares, que de nada aproveitaram aos que a eles se entregaram (Hebreus 13:9).
Louvai ao Senhor!
Graça e paz do Messias, nosso Senhor e Salvador seja copiosamente diluída nos vossos corações e aos santos irmãos que estão convosco.
No amor de Cristo, irmão Carvalho, apenas servo do Altíssimo.

domingo, 15 de dezembro de 2013

PORQUE JESUS FALAVA POR PARÁBOLA ?

Parábola: Vocábulo que se origina da palavra grega Parabolé, que significa alegoria ou exposição de um pensamento sob forma figurada. Ficção que representa um objeto para dar idéia a outro, no qual se conclui uma verdade.
O capítulo 13 de Mateus relata que, tendo Jesus saído de casa, naquele dia, estava assentado junto ao mar; e ajuntou-se muita gente ao pé dele, de sorte que, entrando num barco, se assentou; e toda a multidão estava em pé na praia. E falou-lhe de muitas coisas por parábolas.... (Mateus 13.1-2).
 Nessa ocasião, tendo Jesus concluído a sua parábola, foi indagado por seus discípulos, a respeito desse método tão utilizado por Ele, quando falava sobre o Evangelho do Reino. Disseram-lhe: Por que lhes falas por parábolas?
Observemos com muita atenção a resposta do Mestre, pois nela está contida uma grande revelação:
Ele, respondendo, disse-lhes: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do Reino dos céus, mas a eles não lhes é dado; porque àquele que tem se dará, e terá em abundância; mas aquele que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado. Por isso, lhes falo por parábolas, porque eles, vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem, nem compreendem.
E neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis e, vendo, vereis, mas não percebereis. Porque o coração deste povo está endurecido, e ouviu de mal grado com seus ouvidos e fechou os olhos, para que não veja, e ouça com os ouvidos, e compreenda com o coração, e se converta, e eu o cure.
Mas bem-aventurados os vossos olhos, porque vêem, e os vossos ouvidos, porque ouvem, porque em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes e não o viram, e ouvir o que vós ouvis, e não o ouviram”. (Mateus 13: 11-17).
Que homem é capaz de compreender os segredos de Deus, os quais estão ocultos em mistério? Porque não há outra forma receber a sabedoria espiritual e o discernimento da Palavra, se não for através do Espírito Santo de Deus. A própria Palavra do Senhor recomenda que, se alguém tem falta de sabedoria, peça a Deus, que a todos dá liberalmente.
Qualquer que ler este texto sem o discernimento espiritual, poderá até pensar que Deus faz acepção de pessoas, pois a uns dá a conhecer os mistérios do Reino, e outros não. Entretanto, não é essa a mensagem revelada por Jesus Cristo aos seus discípulos, pelo contrário, a verdade veio para todos, mas apenas os remanescentes a receberam.
O motivo de muitas pessoas não compreenderem a linguagem do Mestre, deve-se ao fato de que a Palavra de Deus é viva e por isso não pode ser ensinada, e sim, revelada a tantos quantos o Filho quiser revelar. E como o Pai abomina o coração altivo, a verdade revelada alcança somente àqueles que são humildes, cujo coração é puro, pois os que se estribam em seu próprio entendimento e querem ser grandes, endurecem os seus corações, impedindo que entre ali o Espírito Santo de Deus, o qual foi enviado por Jesus Cristo,  Em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência  (Colossenses 2.3).
Este é o mesmo de quem falou Jesus:  Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar, de tudo quanto vos tenho dito. (João 14.26).
Mas muitos, ao invés de serem esclarecidos por Ele, buscam ensinamentos espirituais nos bancos escolares, como se fora isto possível; onde o professor não é o Espírito de Deus, mas o homem, que pensando saber alguma coisa, não consegue ensinar nem a si mesmo.
Observando atentamente para o governo religioso atual, é possível perceber que, não são apenas os menos favorecidos das instituições religiosas eclesiásticas que apresentam dificuldade quanto à compreensão do evangelho de Jesus Cristo, pois seus próprios líderes demonstram total desconhecimento daquilo que se discerne espiritualmente.
Homens que não conhecem o significado espiritual das Palavras do Mestre, porque tem o coração endurecido e receberam a Palavra de mal grado. Destes, diz a palavra:  Que aprendem sempre, e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade. E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé. (II Timóteo 3:7-8).
Mas Jesus disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim te aprouve. E ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar (Mateus 11.25-27).
A unção que vós recebestes dele fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas (João 2.27).
E não ensinará cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece o Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior. (Hebreus 8.11).
As escrituras, como um todo, tem uma nobreza infinita, mas as parábolas do Senhor são algo realmente fascinante, porque Ele usava as coisas simples deste mundo para mostrar a grandeza do Reino dos Céus.
Certa vez, um dos discípulos perguntou-lhe: Quem é o maior no Reino dos céus?  E Jesus, chamando uma criança, a pôs no meio deles, e disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças; de modo algum entrareis no Reino dos céus. Portanto, aquele que se tornar humilde como esta criança, esse é o maior no Reino dos céus. (Mateus 18: 2-4).
Se alguém possui esse atributo e tem o coração como o coração de uma criança, então certamente é um autêntico servo de Deus. Se, porém, ainda não o possui, faz-se necessário que se converta verdadeiramente dos seus maus caminhos e conheça o Pai por intermédio de seu Filho Jesus Cristo, o qual levou sobre si todas as nossas culpas, e somente por Ele podemos ter um coração limpo; sem desejo de vingança; desprovido da malícia; que não cobiça o alheio; que é isento da lascívia, idolatria, avareza, inveja, ciúmes, inimizade, ira, vícios, contendas e heresias; pois a Palavra declara que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino do Céu.
Outra parábola que me deixa maravilhado consta em Mateus 23.37, onde o Senhor disse: Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e tu não quiseste!
Amados, observem a sabedoria do Mestre e a imensurável grandeza do seu amor para com homem, mesmo sendo este pecador. Vejam como Ele desejava protegê-lo:
Quem já morou em sítio, conhece a forma que a galinha protege os seus pintinhos, a qual, apesar de ser um animal frágil e inofensivo, enfrenta qualquer desafio para defender os seus filhotes; nada a faz recuar; mas encara qualquer fera, expondo ao risco a sua própria vida. Seja diante das intempéries da natureza, como chuva, geada ou tempestade, ela se expõe a mercê da sorte, mas protege todos os seus filhotes embaixo das suas asas, a fim de que nenhum mal lhes aconteça. É algo fascinante, só mesmo o nosso Senhor poderia nos mostrar com tanta sabedoria e singeleza, e a grandeza do seu amor para conosco.
As parábolas de Jesus têm muito a nos ensinar, mas é preciso que aquele que ouve, ou lê, conheça a Deus verdadeiramente, e isto, somente é possível através de Jesus Cristo, seu Filho, pois do contrário, ainda que, alguém seja catedráticos na letra, e detenha todo o conhecimento humano relacionado às escrituras, estará inutilmente, honrando e servindo a um Deus desconhecido.
O QUE SIGNIFICA HONRAR A UM DEUS DESCONHECIDO?
Atos 17.16-23, narra um episódio bem interessante que ocorreu na cidade de Atenas, enquanto Paulo esperava pela chegada de Silas e Timóteo. Diz o texto que o seu espírito se comovia em si mesmo, vendo a cidade tão entregue à idolatria, e por isso lhes anunciava a Jesus e a ressurreição.
Tendo Paulo sido levado ao tribunal por alguns que contendiam com ele, sob acusação de lhes anunciar uma nova doutrina, falou ousadamente do meio do Areópago (conselho de membros da aristocracia ateniense):  
 Varões atenienses, em tudo vos vejo um tanto supersticiosos; porque, passando eu e vendo os vossos santuários, achei também um altar em que estava escrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Esse, pois, que vós honrais não o conhecendo é o que eu vos anuncio (Atos 17: 22-23).
Amados, isso também acontece hoje em nosso meio, pois quando anunciamos a graça do nosso Redentor; o Evangelho que traz descanso para alma; liberta o homem do jugo da servidão e o conduz à salvação eterna, livre dos mitos, tradições humanas, liturgias, e, principalmente do pesado fardo do dízimo; também nos acusam de anunciarmos uma nova doutrina, demonstrando que, assim como aqueles homens atenienses, estes também adoram a um deus desconhecido.
Mas esse “deus” que eles adoram sem O conhecer, pois não fazem a sua vontade, é o Cristo vivo, ressurreto, que anunciamos de graça, porque Ele mesmo já pagou o mais alto preço pela nossa salvação na cruz, pela aspersão do seu próprio sangue.
 Mas, se é por graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça  (Romanos 11.6).
Poucos conseguem discernir espiritualmente a grande divisão que separou a Velha Aliança, constituída de rituais e formalidades cerimoniais, do Novo Testamento, o qual é regido pelo evangelho da graça de Cristo, de onde nos vem salvação eterna pelo sangue do nosso Redentor.
E por que não compreendem a verdade? Isto acontece, porque tais homens procedem da mesma forma que os escribas e fariseus procederam diante da acusação contra Estevão, homem cheio do Espírito Santo, que deu testemunho da glória de Deus, pois viu o Céu aberto e o Filho (Jesus) sentado à destra do Pai. Diante de tamanha glória, eles taparam os seus ouvidos para não ouvir a voz do Espírito Santo, e apedrejaram o homem santo de Deus até a morte.
CUMPRINDO-SE AS PROFECIAS
Todas estas coisas aconteceram em cumprimento à Palavra de Deus; e o nosso Senhor, que conhecia muito bem as escrituras, assim como a natureza do coração humano, em nada se admirou, apenas compadeceu-se de todos, ao ponto de chorar quando se aproximou de Jerusalém, dizendo: Ah! se tu conhecesses também, ao menos neste teu dia, o que à tua paz pertence! Mas agora isto está encoberto aos teus olhos (Lucas 19.42).
Isaias profetizou dizendo: O que Israel buscava não o alcançou; mas os eleitos o alcançaram, e os outros foram endurecidos. Como está escrito: Deus lhes deu espírito de profundo sono: olhos para não verem e ouvidos para não ouvirem, até ao dia de hoje (Romanos 11.7, 8).
Porque este povo honra-me com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim,em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens (Mateus 15.7, 8).
Segundo o relato de João 7.1-5, estando próximo da festa dos judeus, conhecida como Festa dos Tabernáculos, os irmãos de Jesus lhe disseram:  Sai daqui e vai para a Judéia, para que também os teus discípulos vejam as obras que fazes. Porque não há ninguém que procure ser conhecido que faça coisa alguma em oculto. Se fazes essas coisas, manifesta-te ao mundo. Porque nem mesmo seus irmãos criam nele.
Amados, analisem como é complexa a incredulidade; os irmãos do Senhor o acompanhavam, conheciam suas obras, e ainda assim não criam que Ele era o Messias, vindo de Deus para salvar o homem do pecado e da morte.
Imaginem a nossa pequenez. É indispensável que estejamos em vigilância constante, orando em todo tempo com ações de graça, para que não entre dúvidas em nossos corações e venhamos a cair da graça.
Sabemos pelas escrituras, que muitos serão chamados, mas pouco os escolhidos. E quem são os escolhidos do Senhor? São aqueles que não endureceram o coração, e não taparam os ouvidos para ouvir a voz do Espírito Santo de Deus; esses herdarão o Reino de Deus e cearão com Jesus no grande dia das Bodas do Cordeiro.
Disse Jesus: Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele, comigo.
Portanto, se ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais o vosso coração (Hebreus 3.7, Porque a Palavra alerta: Não sede somente ouvintes, mas, cumpridores da Palavra, e  não vos enganeis com falsos discursos. Porque, se alguém é somente ouvinte da Palavra e não cumpridor é semelhante ao varão que contempla o seu rosto natural  ao espelho, mas aquele,  que atenta  para a lei não sendo ouvinte esquecido,  fazedor da obra, este tal será bem-aventurado (I Tiago 1.19-23).
Apocalipse 3.20, disse Jesus: Bem aventurado aquele que lê, e os que ouvem as Palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.
Louvai ao Senhor!

sábado, 14 de dezembro de 2013

COMO SER UM BOM ESPOSO..

   Disse o Senhor: Não tendes lido que, no princípio, o Criador os fez macho e fêmea, e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe e unir-se-á à sua mulher, e serão dois numa só carne, assim, o que Deus uniu não separe o homem (Mateus 19.4-6).
            Observando a Palavra através dessa vertente, ao contrair matrimônio o esposo e a mulher passam a ser uma só carne. E como poderíamos maltratar a nossa própria carne?
Amados, isso é tão profundo que a Palavra de Efésios 5.25  recomenda ao homem que ame sua esposa, como Cristo amou a igreja, isto é, se necessário, deverá o homem oferecer até a sua própria vida por amor a esposa.
E ser um bom marido é  fundamental e preponderante para ser um autêntico servo de Deus. O Senhor uniu o homem e a mulher em uma só carne, e aquele que aborrece seu cônjuge, aborrece a sua própria carne.
            E na primeira carta de Pedro 3.7, a Palavra diz: Vós, maridos, coabitai com ela com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco; como sendo vós os seus coerdeiros da graça da vida; para que não sejam impedidas as vossas orações.
            Irmãos considerem a dimensão do aconselhamento do Senhor ao homem, o qual deverá coabitar com a esposa dando a ela honra para que as suas orações alcancem o Trono de Glórias do Altíssimo.
            O amor, a mansidão, a confiança, a comunhão e o bom relacionamento são indispensáveis no casamento porque é o combustível para uma vida conjugal sadia para que tenham paz no seio familiar alcancem a graça da vida eterna.
            O esposo deverá respeitar e amar a sua esposa como a si mesmo, sendo os dois uma só carne, é natural que o amor seja sincero e recíproco, afinal que homem há que não ame sua vida, seu corpo, que não deseje o seu bem, pois, somos todos imagem e semelhança do Pai quando estamos em Cristo.
            Segundo a Palavra, ser a mulher o vaso mais fraco significa dizer que sendo ela mais sensível  e delicada precisa de proteção e cuidados, quanto ao homem é  provedor e protetor de sua família que depende ser saudável física e espiritualmente pela direção da esposa, companheira, mãe, aptidão natural de uma mulher que se sinta amada, amparada, que encontra no marido um companheiro fiel, um pai amoroso, um homem cujo coração pertence a Deus.
            Um bom marido não é aquele que apenas supre as necessidades básicas de uma casa, mas que trabalha em prol de um lar que doa-se ao relacionamento, fazendo sua esposa sentir-se querida, respeitada, elogiada, dando a ela  a mesma atenção  que gostaria de receber. Uma  união fundamentada na Palavra de Deus, abençoada, que produz bons frutos, servindo de testemunho a outros casais sem conhecimento da verdade vivendo as angústias de uma família sem amor, sem harmonia e sem a proteção do Altíssimo.
            O marido dedicado ora por sua esposa, compartilha com ela suas lutas diárias, seus planos, seus sonhos e dúvidas, aproxima-se ao máximo para que haja afinidade, e juntos, possam partilhar a vida  em harmonia e amor sincero.
            Muitas vezes somos surpreendidos com adversidades comuns ao casamento, uma palavra mais áspera, descontentamento, desentendimentos, um desencontro de pensamentos, contudo, não podemos permitir que a impaciência, o orgulho, o ciúme desmedido, ou a dureza de coração tome o lugar da mansidão, do perdão e da doçura que alimentam um convívio harmonioso.
            O homem tem por responsabilidade ser a cabeça de seu lar, assim como Cristo é a cabeça da igreja, uma família bem estruturada requer zelo, compromisso, dedicação, amor. Acima de tudo o homem deve estar submisso a Cristo, um servo que teme a Deus, anda no caminho que lhe foi proposto, sendo honesto, trabalhador, benevolente, dando bons testemunhos e exemplos diante de todos os homens, vivendo em paz e fazendo a diferença entre o justo e o ímpio, o que serve a Deus e o que não serve.
            Se o homem tem esposa descrente, permaneça no mesmo amor, perseverando na fé e no bom exemplo, pois, a mulher é santificada pelo marido, e uma vida em plena graça e fé, é usada pelo Espírito de Deus para convencer do pecado, a buscar a verdade e a santidade em Cristo.
            Irmãos observem a importância de um bom relacionamento com a esposa, dar a ela honra e manter um matrimônio e o leito sem mácula, são condições indispensáveis para que nossas orações cheguem diante do Trono do Criador (I Pedro 3.7), porque de outra forma, além da infelicidade de ambos, não há aliança que resista sem o amparo das poderosas mãos do Senhor para sustentar o alicerce do casamento, fortalecendo e nutrindo o amor, o respeito, a dedicação e a unção do Senhor e nada irá abalar a casa edificada na Rocha.
 
            COMO SURGIU A INICIATIVA PARA EDITAR ESTE TEXTO?
            No ano de 2010 (não me lembro do mês), um irmão que estava passando uma crise conjugal nos escreveu, pedindo uma opinião (ou receita) para conservação de um casamento de quase quatro décadas, e assim respondemos:
             Amado irmão em Cristo Jesus, já estamos com mais de trinta e cindo anos de enlace matrimonial, mas estamos vivendo uma verdadeira vida conjugal de boa qualidade depois de nos convertemos ao Evangelho de Cristo, e agraciados pelo Senhor Jesus com a oferta da salvação, então a paz veio a fortalecer os nossos corações e consolidar a nossa união.
            Hoje, provamos o bom fruto do amor, e verdadeiramente somos uma só carne, e não tenho dúvida, se necessário, darei a minha vida pela minha esposa.
            Você pediu para relatarmos a experiência da vida conjugal, é algo  difícil falar de si mesmo, mas para que se possa formar uma opinião da nossa convivência, moramos há onze anos em um conjunto residencial, onde residem dezenas de famílias, e, constantemente somos elogiados pelos moradores como exemplo familiar, pela nossa simples maneira de viver, mas em constante comunhão com Deus e com o próximo.
            Isto porque estamos sempre juntos, andamos de mãos dadas, expressando alegria por estarmos juntos, conversando com as pessoas, e anunciando a Cristo vivo, nosso Senhor e Salvador e o infinito amor de Deus que excede a todo entendimento humano.
            Entretanto, no meu limitado entendimento, vos aconselho primeiramente que ame a sua esposa como parte do seu próprio corpo, porque o amor é o fundamento principal para dar sustento ao casamento.
Recomendo também a aproveitar bem o seu tempo com a esposa de forma útil e agradável, que seja tempo de boa qualidade, e faça isso com muita dedicação e amor. Dê muita atenção em tudo quanto ela falar, procure responder com sinceridade, bondade e coerência e valorize as suas opiniões.
            Sempre que possível, ajude-a no cuidado aos filhos e nos afazeres do lar, principalmente se a esposa trabalhar fora.
            Saiam juntos, indispensavelmente orem sempre juntos ao deitar e ao levantar. Agradeçam sempre o alimento, leiam a Bíblia juntos e busquem o discernimento espiritual da Palavra, para que não haja divergência espiritual.
            Se sair sozinho, não se esqueça de despedir com beijos, desejando-lhe que fique em paz e na companhia Altíssimo. Semelhantemente, se ela sair primeiro, faça o mesmo e almejando bons frutos em tudo quanto produzir.
            E quando estiver ausente, ligue a ela sempre que possível e não se esqueça de declarar que a ama.
            Enfim, a atenção a esposa é indispensável, faça disso um hábito na sua vida, e você vai ver o quanto vocês serão felizes.
            E para viverem bem, não precisam fazer encontro de casais que muitas igrejas promovem, nem ler livros de autoajuda, aliás, o único livro que indico para que leiam todos os dias é a Bíblia Sagrada, porque é o livro da vida eterna, o qual é apto a nos ensinar e corrigir em qualquer situação, principalmente o Novo Testamento, porque é manual de conduta do crente e a expressão da verdade e da vontade de Deus para o homem.
            O bom relacionamento do casal virá pela obediência a Palavra divinamente inspirada e aos mandamentos do Senhor Jesus Cristo. Sendo fieis a Deus, as demais coisas vos serão acrescentadas.
            E quando vierem as lutas, desafios, e adversidades, orem juntos, peçam a Deus sabedoria, e aprendam a enfrentar juntos todas as provas, confiantes que, fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar (I Coríntios 10.13).
            Quanto aos filhos, o relacionamento do casal reflete diretamente na formação dos mesmos, isso é, no temperamento, caráter, desenvolvimento social, intelectual e principalmente espiritual. Porque os nossos filhos serão exatamente aquilo que queremos que eles sejam, se os queremos a salvo desse mundo maligno, e filhos de Deus, temos uma missão da qual não podemos desistir e nem transferir essa responsabilidade a terceiros.
            Os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão (Salmos 127.3).
            Por isso, caso tenham filhos, o conselho é Provérbios 22.6: Ensina o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele.
             
RECOMENDAÇÕES FINAIS:
             Assim devem os maridos amar as suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo.
            Porque nunca ninguém odiou a sua própria carne; antes a alimenta e sustenta como também o Senhor à igreja. Porque somos membros do seu corpo, da sua carne, e dos seus ossos.  Por isso deixará o homem seu pai e sua mãe, e se unirá a sua mulher; e serão dois numa carne.
            Assim também vós, cada um em particular, ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido. Efésios 5.28-33

DE VOLTA AO PRIMEIRO AMOR...

“Corríeis bem; quem vos impediu, para que não obedeçais à verdade?” Gálatas 5: 7.
Quando nos foi apresentado o evangelho, a maioria de nós reagiu de forma semelhante a uma criança que acaba de ganhar um brinquedo novo e volta toda a sua atenção para ele, fazendo questão de mostrar o seu presente a todos que encontra.
Entretanto, com o passar do tempo, assim como também acontece com a criança, que vai esquecendo-se do brinquedo, pois o mesmo já não lhe causa mais tanta euforia; o evangelho parece ter perdido a sua excelência, e já não fazíamos muita questão de que outras pessoas o conhecessem.
Seria possível comparar o evangelho, “que é o poder de Deus para todo aquele que crer”, com um simples brinquedo? Teria mesmo, o evangelho de Jesus Cristo perdido a sua eficácia?
No livro de apocalipse, capítulo 2, lemos uma exortação do Senhor à igreja que estava em Éfeso “Tenho, porém, contra ti que deixaste o primeiro amor”. ”V.4 “ Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres.” V. 5.             
De modo nenhum o poder de Deus é algo que se torna monótono e sem graça, sua verdade torna livre aquele que é escravo, abre os olhos àquele que é cego e vivifica o que está morto em seus delitos e pecados.
O que hoje muitos chamam de evangelho, simplesmente não é o evangelho, mas um conjunto de preceitos humanos, trazendo de volta as ordenanças que Jesus já cumpriu em sua carne, estabelecendo a justiça de Deus de uma vez por todas, coisa que homem nenhum seria capaz de fazê-lo.
Esse falso evangelho é demasiadamente pesado para qualquer cristão, além de enfadonho e desestimulante. As ovelhas ficam presas no aprisco, ao invés de “saírem e acharem pastagem”. São guiadas pelo mercenário, “que quando vê vir o lobo, as deixa e foge, porque é mercenário e não tem cuidado das ovelhas”. Ler João 10: 12-13.
Esta é a verdadeira razão porque muitos de nós deixamos o nosso primeiro amor; o evangelho de Jesus Cristo foi camuflado e a vós do verdadeiro pastor já não era ouvida com nitidez, pois estava sendo abafada pela voz do mercenário.
Todavia, como “a misericórdia do Senhor é a causa de não sermos consumidos”, lá no fundo do coração, havia uma inquietação profunda, era como se não reconhecêssemos a voz que nos falava. “Aquele, porém, que entra pela porta é o pastor das ovelhas. A este o porteiro abre, e as ovelhas ouvem a sua voz, e chama pelo nome as suas ovelhas, vai adiante delas, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz. Mas de modo nenhum seguirão o estranho, antes fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos”. João 10: 2-5.
Agora sim, conseguimos compreender perfeitamente a voz que nos falava e o motivo porque nos causava inquietação na alma; não era a voz do nosso pastor, por isso nos parecia estranha aos ouvidos.
Tenhamos, portanto, “cuidado para que ninguém nos faça preza sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo.” Colossenses 2: 8.
Agora que podemos ouvir a voz do bom pastor, temos uma grande missão: “Fazer-nos como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fazer-nos tudo para todos, para por todos os meios, chegar a salvar alguns.” Ler I Cor. 9: 22.
“Ora, o Deus de paz, que pelo sangue da aliança eterna tornou a trazer dos mortos o nosso Senhor Jesus Cristo, grande pastor das ovelhas, vos aperfeiçoe em toda a boa obra, para fazerdes a sua vontade, operando em vós o que perante ele é agradável por Cristo Jesus, ao qual seja glória para todo sempre. Amém.” Hb. 13: 20-21.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

A VERDADEIRA RIQUEZA ..

Não ajunteis tesouros na Terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde ladrões minam e roubam. Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam, nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.” (Mateus 6.19 a 21) “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida.” (Provérbios 4.23)
“E vendo Jesus os pensamentos deles disse: por que pensais coisas más em vossos corações?” (Mateus 9.4)
Você percebeu que o nosso modo de vida se estabelece primeiramente em nossa mente (coração), e que o Senhor nos aconselha a estarmos atentos para não colocarmos o nosso apego, a nossa atenção no tesouro errado, e a olharmos para além do que se pode ver? Tudo o que até aqui trouxemos têm o objetivo de nos levar a uma reflexão, à analisarmos racionalmente o que realmente tem valor eterno e como devemos proceder na nossa curta passagem terrena, para encontrarmos o verdadeiro caminho da vida, único reduto no qual habita a autêntica paz e a felicidade, e onde podemos gozar da doce presença do Senhor. É apropriado perguntarmos a nós mesmos: - alma, no que tens gastado o teu tempo e os teus recursos?
“Porque em que é beneficiada uma pessoa ganhando o mundo inteiro, mas perdendo-se a si mesma ou colocando-se em perigo? (Lucas 9.25)
“Há caminho que parece direito ao ser humano, mas o seu fim são os caminhos de morte.” (Provérbios 14.12)
Para o sábio, o caminho da vida é para cima, para que ele se desvie do inferno que está embaixo.” (Provérbios 15.24)
“Disse Jesus: Eu sou o caminho e a verdade e a vida;...” (João 14.6)
Hebreus 12.2 nos convida a olharmos para Jesus. Em João 18.37 o Senhor Jesus nos diz: “...Eu para isto nasci e para isto vim ao mundo, para que testemunhe da verdade;...”
Qual seria então “essa verdade”, em cujo caminhar se encontra a vida?
O ser humano perdeu o caminho da vida quando, dando ouvidos ao maligno, mergulhou nos cinco sentidos (na ilusão do que é visível e palpável) ficando a mercê de sentimentos e paixões, deixando o caminho da razão, do Espírito, que é o próprio Deus. (Gênesis 3.1 a 6)
O Senhor Jesus vem então resgatar o ser humano da escravidão em que se encontra: “... e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” (João 8.32).
Ao olharmos para Jesus vemos “O Mestre” nos chamando à uma vida simples e digna, destituída de “pré-ocupações”, de correrias, de luxúrias, de vaidades, de consumismos, de paixões, de medos, de excessos, de libertinagens, de vícios, de busca por muitos conhecimentos terrenos.
A carta magna de seus ensinos está contida no conhecido “sermão do monte” (Mateus 5, 6 e 7). Quem por ali transitar, encontrará instruções como estas:
“Por isso, vos digo: não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; Nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais que o mantimento, e o corpo, mais que a vestimenta?
Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?
E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura?
E, quanto ao vestuário, porque andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham, nem fiam.
E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.
Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançado no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pequena fé?
Não andeis, pois, inquietos (ansiosos), dizendo: que comeremos ou que beberemos ou com que nos vestiremos?
Decerto, vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas;
Mas busquem primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.
Não vos inquieteis (ficais ansiosos), pois  pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o “seu mal.” (Mateus 6.25 a 34)
Não são muitas as instruções, três capítulos apenas, mas se colocadas em prática nos transformarão completamente. Não esqueçamos que só será possível se negarmos a nós mesmos.
Se fizermos uma auto-análise de nossa vida, logo percebemos que os nossos tropeços no passado aconteceram causados pelo nosso egoísmo, que é na realidade o grande pecado do ser humano. Ao procurarmos cuidar somente de nossos interesses caímos no vazio da alma, do eu, porque a felicidade está em servir e não em ser servido. O egoísmo é gerado no desejo de possuir, e quem possuiu algo, só é possuidor se esse algo tiver massa/corpo, portanto tangível (matéria). Veja que o problema não reside no possuir e sim em ser possuído por alguma coisa ou alguém que não seja o Senhor.
O Senhor nos alerta a sermos como peregrinos e forasteiros na nossa passagem terrena. Nós não somos “terráqueos” e sim “celestes”.
Aqui somos estrangeiros e logo estaremos de partida à nossa pátria. Aquele que for encontrado, no momento da partida, enredado nos negócios deste mundo não passará pela “porta”, e lembre-se, é estreita (Mateus 7.13). É claro que você não levará nada material com você: “Como saiu do ventre de sua mãe, assim nu voltará, indo-se como veio; e do seu trabalho nada poderá levar consigo.” (Eclesiastes 5.15) O fato é que a medida que você se cumula de bens (coisas/pessoas) lhe será exigido grande volume de recursos para consegui-los e para mantê-los. O primeiro sintoma mórbido será a necessidade de trabalhar muito. Se seguirão a este as preocupações, os medos entre outros que fatalmente aparecerão. Você acabará “cego” e “surdo” espiritual e perderá o contato com o Senhor.
A sabedoria está em simplificar ao máximo o viver, buscando somente o essencial para uma vida digna. É exatamente aí que encontramos “a verdade” que o Senhor Jesus veio nos trazer. Os seus ensinos são a única realidade. Nos libertam do “ter” e nos transportam para o “ser”. Sua doutrina gera “vida” no “espírito” (João 6.63 b).
A comunhão com Deus só é possível “no espírito”, “e o Pai aos tais procura” (João 4.23). A verdadeira riqueza mostra-se então intangível e invisível: “Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais (passageiras), e as que se não vêem são eternas” (2 Coríntios 4.18).
Sobre os tesouros terrenos já trouxemos inúmeras considerações. Qual será então... o tesouro celeste, que pelo qual devo gastar minhas energias e meu tempo?
A resposta à pergunta acima encontra-se no final das escrituras, em Apocalipse 14.13: “...Bem aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os acompanharão.” Ao agirmos em obediência aos preceitos do Senhor Jesus (andando na verdade, em honestidade, lealdade, fidelidade, não julgando, perdoando, usando de misericórdia, sendo justos, sendo pobres pelo Espírito, mansos, puros de mente/coração, não resistindo ao malvado, sendo bondosos e bons, amando/respeitando os inimigos, orando por nós e pelo próximo, sendo doadores com voluntariedade, negando-nos a nós mesmos, vivendo vida simples, confiando tanto em Deus a ponto de não andarmos ansiosos, medrosos, guardando e promovendo a paz, servindo ao invés de sermos servidos, enfim, gerando discípulos para “o Mestre”) então estaremos produzindo boas obras, segundo o padrão de Deus, e é este o nosso passaporte para o céu.
Então meu Irmão em Cristo Jesus, devemos seguir a carreira que nos está proposta conforme está mencionado em Romanos 12:2: “E não vos conformeis (na forma/ no modo) com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”, a gloriosa riqueza que todo ser humano deve almejar.

O QUE VOCÊ MAIS APRECIA: A BÍBLIA OU FACEBOOK ?

Amado em Cristo, quanto tempo você passa por dia no Facebook? Faça outra soma, quanto tempo você passa por dia lendo a bíblia, louvando ao Deus Altíssimo, dedicando-se em oração pelos enfermos, flagelados e desamparados, visitando doentes, fazendo a obra de caridade que o Senhor ordenou em todos os livros das sagradas escrituras? 
Nada contra a sua participação no facebook, eu também uso postando mensagens bíblicas, que por sinal poucos se interessam, porque falar sobre o infinito amor de Deus que excede a todo entendimento e o sacrifício de Jesus Cristo para salvar o homem que estava morto na maldição do pecado não é o assunto preferencial da maioria, o mundo busca tópicos que trazem alegria para a carne, mas mesmo assim, as redes sociais são públicos alvos a serem alcançados pelo Evangelho, e o nosso humilde aconselhamento os irmãos também devem aproveitar bem esses espaços para anunciar a salvação através do Evangelho de Cristo. 
O que não podemos é compartilhar com essa avalanche de pornografias, paqueras, piadinhas, escárnios e sátiras que é o principal objetivo da maioria. 
A Palavra de Deus aos Salmos 1.1, 2, alerta: Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.
Esta é a nossa maior preocupação, de repente o irmão, sem aperceber estará andando nos conselhos dos ímpios, atendo no caminho dos pecadores e assentando-se na roda dos escarnecedores.
Amados, é ordenança do Senhor, indispensavelmente, precisamos ler a bíblia, disse Jesus: Examinais as Escrituras, nelas está a vida eterna, e são elas que de mim testificam (João 5.39).
Porque toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra. (II Timóteo 3.16,17). 
Amado, reflita e analise se realmente está fazendo a vontade do Pai, trabalhando na obra para a qual fostes chamado por decreto do Altíssimo, ou se ainda é apenas um ouvinte esquecido e não conhece os dons do Espírito Santo do Senhor para a obra do ministério.
E para finalizar, uma última pergunta, mas responda a você mesmo: Em que o conteúdo do facebook tem acrescentado a sua fé, e lhe edificado espiritualmente?
No amor de Cristo, irmão Carvalho, apenas servo do Altíssimo.
Louvai ao Senhor!

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

QUAL O LUGAR IDEAL PARA ADORARMOS A DEUS ?

Vários séculos já se passaram desde que o mundo foi criado, e em todo esse tempo a humanidade, que se encontra separada de Deus por causa do pecado, sempre tentou se aproximar novamente do Criador através de seus próprios esforços, ainda que sem nenhum êxito.
E uma das atitudes mais visíveis que demonstra esta tendência do ser humano é a escolha de um espaço físico delimitado nesta terra, ao qual o homem elege para chamá-lo de lugar santo, sagrado ou consagrado; lugar onde as pessoas possam se abrigar das intempéries da vida e onde seja possível encontrar-se com o seu Deus; ouvir a sua vós; alcançar o favor e a graça que dele provem.
Mas a cegueira espiritual que perdura em cada homem ou mulher que ainda não conhece a verdade revelada por Deus aos homens, não lhes permite enxergar o verdadeiro lugar de adoração ao Altíssimo, ainda que, tão perto de cada pessoa ele se encontre.
“Buscai ao SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto”. Isaías 55:6.
Sabemos pelos próprios escritos dos apóstolos, homens santos de Deus, que falaram inspirados pelo Espírito Santo, que quando Deus instituiu um lugar específico para reunir-se com o seu povo, quer seja o tabernáculo no deserto, ou o templo nos dias de Salomão, tudo não passou de sombra daquilo que haveria de vir; e se era sombra somente, não poderia durar para sempre. Mas qual seria então a imagem real destas coisas?
Ao encontrar-se com uma mulher samaritana, na fonte de Jacó, Jesus, sendo Judeu, foi advertido por ela a respeito do lugar ideal para adorar a Deus, pois enquanto os samaritanos adoravam no monte, os judeus diziam que somente em Jerusalém deveriam adorá-lo.
Entretanto, eis na resposta do mestre a revelação do grande mistério, que esteve oculto a todos os homens que buscavam a Deus em um lugar definido e limitado. Disse Jesus àquela mulher:
“Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai”. João 4: 21. E ainda: “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem”. João 4: 23.
Finalmente é chegado a nós o esclarecimento sobre essa questão tão discutida por todos os homens e em todos os lugares do mundo; por todas as raças, tribos, línguas e nações. As palavras do Senhor Jesus nos dizem que, simplesmente, não existe um lugar específico para se adorar a Deus, porque Deus é Espírito, e quem o adora, deve fazê-lo em espírito e em verdade.
Não há na terra um lugar tão santo que seja capaz de abrigar o Altíssimo; não há templos feitos por mãos humanas que possam servir de habitação para ele. O desejo de construir uma casa para o Senhor, não provem de Deus, mas do próprio homem, cuja incredulidade o torna depende de algo visível e palpável para sustentar sua fé.
Mas Jesus disse: “Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim”. João 15:4.
Jesus Cristo é o lugar ideal para encontrarmos a Deus; ELE É O LUGAR. Só precisamos permanecer nele, e os frutos surgirão naturalmente. Não há necessidade de o buscarmos aqui ou ali, pois Ele é o lugar onde devemos estar; e quem está nele, tem livre acesso ao trono do Pai, de onde jorram rios de águas vivas para todos os que carecem da sua glória.
Em Jesus, temos o pão que mata nossa fome, pois ele mesmo disse: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo”. João 6: 51.
Em Jesus, temos a água que sacia a nossa sede, pois assim ele também disse à mulher samaritana: “Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna”. João 4: 14.
Quanto a congregar com outros irmãos, isto também não depende de um lugar específico e nem de um dia ou hora marcados, pois o congregar em Cristo, dá-se, em primeiro lugar, de forma individual, ou seja, ramo por ramo, conforme a fé daquele que ouve a palavra do evangelho de Jesus Cristo e crê naquele que o enviou. Uma vez enxertado na Oliveira, que é Cristo, aquele que crê se torna participante da raiz e da seiva que ela produz.
A reunião dos santos se dá primeiramente em Cristo, “Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça, que ele fez abundar para conosco em toda a sabedoria e prudência; descobrindo-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que propusera em si mesmo, de tornar a CONGREGAR EM CRISTO todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra”. Efésios 1:7-10.
Este é o primeiro passo, e o mais importante de todos; o estar e o permanecer em Cristo.  A partir daí, como todos os ramos que estão em Cristo se alimentam da mesma seiva; pertencem à mesma raiz; são membros uns dos outros e guiados pela mesma cabeça; é natural que brote em cada ramo, o ardente desejo de congregar uns com os outros, ou seja, estar próximos uns dos outros, a fim de glorificar e engrandecer, aquele que movido por um amor incondicional e incompreensível, entregou o seu maior tesouro em favor de todos os homens, sendo estes, ainda pecadores.
Jesus disse que se dois ou três estiverem reunidos em seu nome, ali ele se fará presente, não porque mencionam o nome de Jesus, nem porque intitulam aquele lugar de A CASA DE DEUS, mas porque reúnem em seu nome, aqueles que já lavados pelo sangue do novo testamento, que foi derramado por muitos para remissão dos pecados, agora se tornaram o templo do Espírito Santo.
“E agora, filhinhos, permanecei nele; para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança, e não sejamos confundidos por ele na sua vinda”. I João 2: 28.
Grande é este mistério!
Deus os abençoe.

O QUE CONTAMINA O HOMEM É O QUE SAI DA BOCA...

O capítulo 15 do livro de Mateus relata um episódio interessante que ocorreu entre Jesus e os escribas e fariseus: Estes perguntaram ao Mestre a razão pela qual os seus apóstolos transgrediam a doutrina dos anciãos, uma vez que não lavavam suas mãos antes de comerem pão.
E como era uma característica própria do Senhor, este lhes respondeu formulando outra pergunta, pois conhecia o coração e as atitudes daqueles religiosos que só pensavam em seu próprio ventre. Indagou-lhes então Jesus: Porque vós transgredis também, o mandamento de Deus pela vossa tradição?  (Mateus 15.3).
Sendo Cristo sabedor que toda aquela preocupação demonstrada por aquele grupo religioso, era puramente carnal, pois enquanto atentavam para o exterior do homem, no seu interior não havia nenhuma preocupação com a pureza e a santidade.
Mas ainda assim, Jesus, como não perdia nenhuma oportunidade para ensinar, disse à multidão: O que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai da boca, isso é o que contamina o homem (Mateus 15.11).
Porque o Senhor assegura que comer sem lavar as mãos não contamina? Porque a Palavra ensina que todo alimento é santificado, sendo recebido com ações de graças, pela Palavra de Deus e pela oração (Timóteo 4.4,5).
E é exatamente este o ensinamento que queremos enfatizar aqui: a pureza interior do homem, pois conforme a Palavra,... Ainda que o homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia (II Coríntios 4.16).
Por isso Jesus disse que, o que sai da boca procede do coração; porque do coração, provém os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias. Mas comer sem lavar as mãos não contamina o homem.  (Mateus 15.19).
Em ocasião anterior Jesus já havia censurado os escribas e fariseus, e a todos os que não refreiam a língua do mal e os advertiu dizendo: O homem bom tira boas coisas do seu bom tesouro, mas o homem mau do mau tesouro tira más coisas. Porque o que há de abundância no coração, disso se fala, mas eu vos digo, que toda palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo. Porque por tuas palavras serás justificado, por tuas palavras serás condenado (Mateus 12.35-37).
O interior do homem é conhecido através daquilo que ele fala. Jesus disse: Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Ora, se alguém conhece a verdade, que é Cristo, este é livre e falará as palavras de Cristo, não acolhendo qualquer expressão que venha fugir da verdade que Ele ensinou, mas fará como ele advertiu: Seja o vosso dizer sim, sim, não, não, o que passar disso, é de procedência maligna (Mateus 5.37).
Se, porém, alguém ainda é escravo, cujo pai é satanás, então falará conforme a vontade daquele que o escraviza, pois assim afirmou o Mestre: Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira (João 8.44).
Efésios 4.14 nos exortam para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam dolosamente.
E não convém ao servo, guardar no coração tudo que ouvir, sem antes buscar a confirmação na Palavra para que não seja abatido e sucumbido pelo engano de homens corruptos. Observe em II Timóteo 3.1-7, uma palavra que se refere aos pregadores fraudulentos:
Nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos; porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te, porque nunca podem chegar ao conhecimento da verdade.
Portanto, amados irmãos, tenhamos zelo e cuidado para com o nosso homem interior e, não sejamos como os hipócritas aos quais, Jesus advertiu dizendo:
 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois, que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia (Mateus 23.27).
                                    A LINGUA CONTAMINA
A língua é um pequeno membro e se gloria de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia. A língua também é um fogo, como mundo de iniqüidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno (Tiago 3.5-12).
Mais uma vez, estamos diante de um texto da Palavra de Deus, que para compreendermos o seu significado, precisamos do auxilio do Senhor, através do seu Espírito Santo que em nós habita, a fim de sermos esclarecidos a respeito das coisas espirituais, não vislumbrando a verdade contida nele tão somente com os olhos da carne, mas que os olhos do nosso entendimento permaneçam iluminados por aquele que conhece todas as coisas.
Tentando interpretar o que está registrado nos versículos acima, alguém até, poderia perguntar: Mas não foi Deus quem fez a língua e a pôs entre os nossos membros? Como algo que o próprio Criador nos deu, pode ser comparado, a um mundo de iniqüidade?
A palavra língua aqui, não está se referindo tão somente ao órgão localizado na boca, cuja função é nos ajudar no processo de digestão dos alimentos, proporcionar o paladar e auxiliar na fala. O entendimento desta palavra, dentro deste texto bíblico, é muito mais profundo que isto; e está intimamente ligado à própria natureza pecaminosa do ser humano.
Diz a bíblia que, toda natureza, tanto de bestas feras como de aves, repteis, animais do mar, se amansa e foi domada pela natureza humana, mas nenhum homem pode domar a língua, pois é um mal que não se pode refrear, está cheia de peçonha mortal. Com ela bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos a semelhança de Deus. De uma mesma boca procede à benção e maldição (Tiago 3:7-9).
Dizer que nenhum homem é capaz de refrear a sua língua, não é abrir precedentes para pecarmos através dela alegando que a própria palavra nos ampara com relação à nossa incapacidade de domar a língua. Na verdade, este tipo de informação, que a bíblia nos dá, nada mais é do que um alerta, para que estejamos cientes, de que em nenhuma hipótese devemos confiar em nós mesmos, pois não é só a nossa língua que é difícil de dominarmos, mas toda a nossa carne, a qual necessita ser crucificada para o mundo.
A língua, por si só, não possui mal algum, pelo contrário, podemos usá-la, para bendizer ao Deus que nos fez, e com ela também, confessarmos a Jesus Cristo diante dos homens, a fim de que no tempo devido, o filho nos confesse diante do Pai.
Mas para que isto aconteça, todo o nosso ser deve ser santificado ao Senhor, e não somente a língua, mas todo o corpo, alma e espírito, devem estar debaixo do Senhorio de Cristo, uma vez que, sem ele nada podemos: porque nele vivemos; e nos movemos; e existimos... (Atos 17.28).
Os ímpios dizem: Com a nossa língua prevaleceremos; são nossos os lábios; quem é Senhor sobre nós? (Salmo 12.4).
Enquanto os justos optam por dizer: Abre, Senhor, os meus lábios, e a minha boca entoará o teu louvor (Salmo 51.15).
Por ventura deita alguma fonte de um mesmo manancial de água doce e água amarga? Pode também a figueira produzir azeitonas, ou a videira figos? Assim, tão pouco pode uma fonte dar água salgada e doce (Tiago 3.11, 12)
Se alguém cuida ser religioso e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração e a religião desses é vã (Tiago 1.26).
                                          O EXEMPLO DE UM JUSTO
Mateus 1.18-21 Relata que, estando Maria desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo; então José, seu marido, como era justo, e não queria difamá-la, intentou deixá-la secretamente.
 E projetando ele isto, eis que lhe apareceu em sonho um anjo do Senhor dizendo: José, não temas receber sua mulher, porque o que nela está é gerado do Espírito Santo; e dará a luz um filho e chamarás o seu nome Jesus, porque Ele salvará o seu povo de seus pecados.  
Observem a sabedoria de um servo temente a Deus: José, descente de Davi, homem justo, notando que a sua mulher estava grávida mesmo antes de se ajuntarem, projetou em seu coração separar-se dela secretamente, sem fazer qualquer comentário difamatório a respeito de sua reputação.
Ainda que a lei de Moisés previsse apedrejamento para adúlteros, mas José, por temor a Deus; obediência e sabedoria espiritual, não manifestou publicamente a sua insatisfação diante da situação embaraçosa e constrangedora que se encontrava. Imaginemos então, se José viesse a revelar a misteriosa gravidez de Maria, sem conhecer o propósito do Pai Altíssimo para salvar o homem do pecado e da morte?
José não agiu com maledicência, mas com sabedoria, porque o homem maledicente, ainda não se despiu do velho homem, mas permanece com os seus feitos, e se corrompe a cada dia pela concupiscência do engano. Já o nascido de Deus sabe muito bem o poder destruidor da língua maliciosa; reconhece que seu veneno é mortal; por isso, por amor e temor ao Justo Juiz, guarda a sua língua do mal.
Diz a palavra que o temor do Senhor é o princípio da sabedoria (Salmo 111.10), e com os humildes está a sabedoria (Provérbios 11.2), Por isso irmão não nos convém acusar, difamar, ou julgar quem quer que seja, porque o Senhor alertou: Não julgueis e não sereis julgados, não condeneis e não sereis condenados (Lucas 6.37).
                                 GUARDA A TUA LINGUA DO MAL
 Quem quer amar a vida e ver os dias bons, refreie a sua língua do mal e os seus lábios não falem engano (Pedro 3.10).
Não faleis mal uns dos outros, porque quem fala mal de um irmão, e julga a seu irmão, fala mal da Lei, e julgas a Lei, e se tu julgas a Lei, já não és observador da Lei, mas juiz. Há um só legislador e um juiz que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és que julgas a outrem?”. Tiago 4.11, 12.
Há Alguns, cujas palavras são como ponta de espada, mas a língua do sábio é saúde (Provérbios 12.18).
O capítulo 15 do livro dos salmos relata que herdarão a vida eterna, aqueles que andam em sinceridade; que praticam a justiça e falam a verdade, segundo o seu coração; aqueles que não difamam com a sua língua, nem fazem mal ao seu próximo e honram os que temem ao Senhor. Quem faz isto, nunca será abalado.
Louvai ao Senhor!