sábado, 22 de dezembro de 2012

CAMPANHAS NAS IGREJAS , O QUE A PALAVRA DIZ?


Em meio a tantas vãs filosofias e heresias disfarçadas de doutrina e também umas das mais praticadas e ousadas nas igrejas são as ilustres campanhas. Mas afinal, o que é campanha, e o que dizem as escrituras sobre a campanha na igreja, e qual o resultado para aqueles que a praticam?
Antes porem de iniciarmos a nossa meditação, vamos pesquisar a definição da palavra campanha nos dicionários da língua portuguesa:
Campanha: Campo onde acampam tropas. Acampamentos, batalhas, operações militares. Conjunto de esforços ou de lutas para um fim determinado.
É evidente que o emprego e uso da expressão, é direcionado para realizações dos acontecimentos na busca de resultados materiais.
Agora vamos para a palavra de Deus: Na primeira carta de Paulo aos Tessalonicenses 5.17, a palavra diz: Orar sem cessar. Esta sim, é a campanha do crente, porque o Senhor Jesus Cristo requer muito mais do que o conjunto de esforços por alguns dias para alçarmos um determinado fim.
Para que tenhamos paz aqui na terra e nos dias vindouros a vida eterna, se faz necessário muito mais do que simples sessões de orações por alguns dias previamente determinados. A palavra comprova a necessidade de orarmos incessantemente, porque o nosso compromisso com Deus, vai alem do que possamos alcançar bens materias para satisfazer as necessidades deste mundo.
Então perguntamos onde está o fundamento bíblico para se realizar campanha? Com toda certeza, no Evangelho de Cristo não há ordenança para as chamadas “campanhas” que os homens promovem hoje na maioria das igrejas.
A campanha das igrejas evangélicas é uma autêntica reprodução da "novena" da igreja católica. Aliás, já existem igrejas denominadas evangélicas que adotaram o termo "novena", para as campanhas. Portanto, é o homem introduzindo doutrina pagã no seio da igreja evangélica, porque nas escrituras não há uma só passagem que venha fundamentar a campanha.
Porque a Palavra exorte que, se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens (I Coríntios 15.19). Hoje as igrejas promovem e executam uma variedade de campanha com finalidade para todos os gostos, cujo objetivo, na maioria das vezes é sempre apontado para atingir as prosperidades materiais, algumas inusitadas. Exemplo:
A campanha do sabonete: É recomendado ao irmão comprar o sabonete ou xampu (na igreja é lógico) onde segundo o pastor, esses produtos são ungidos, depois é só usá-los, e, como uma fórmula mágica, todos os seus problemas serão resolvidos e os desejos atendidos. Ficou muito fácil, não é?
Campanha da fogueira santa: Uma vez por ano, você terá que doar todos os seus bens para a organização religiosa, ou parte deles, ou pelo menos um salário mínimo, para receber do Senhor tudo em dobro, segundo as promessas dos dirigentes dessa organização. E onde está o propósito de Deus nisso?
Campanha do óleo ungido no céu: Recentemente, um pregador declarou publicamente que havia ungido um óleo nas alturas, ocasião em que praticava um passeio panorâmico de avião, alegando estar próximo do Trono de Glórias de Deus, e por isso aquele óleo estava dotado de maior poder e virtude que qualquer outro óleo ungido na terra, pois fora ungido quando estava no alto, portanto, mais perto de Deus.
Algo semelhante à iniciativa dos descendentes de Noé, ocasião em que edificaram uma construção conhecida popularmente como Torre de Babel, cujo objetivo era o alto para tocar no céu. Exatamente como ocorre hoje, aquele povo também desejava alcançar o céu utilizando-se dos elementos materiais, por isso o Senhor desceu e confundiu as línguas, e ninguém mais foi a lugar nenhum.
Campanha dos Talentos: No início da campanha, o pastor lhe fornece uma cédula em dinheiro, e no encerramento você terá que devolver aquela quantia no mínimo duplicada, e ainda afirmam que é para concretização da prosperidade da vida financeira (de quem?).
Campanha dos doze cestos cheios: Realizam reuniões na igreja nos doze primeiros dias do mês, para que haja abundância o ano todo. Mas Jesus disse: Buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas (Mateus 6:33).
E assim sucessivamente, ficaríamos aqui muito tempo, falando da diversidade de campanhas existentes hoje nas igrejas. E o mais inexplicável em tudo isso, é saber que os irmãos investem alto nesses absurdos, confiando em promessas fantasiosas e mirabolantes.
Sabemos que existem comunidades evangélicas que realizam campanhas para o crescimento espiritual da igreja e para honrar e glorificar o nome do Senhor, o problema é que não há fundamento na Palavra que dê sustentação bíblica para realização da campanha, a qual é uma cláusula adicionada ao sistema eclesiástico religioso e veio como um adendo à doutrina do Novo Testamento, a qual fora encerrada no livro de Apocalipse e selada as Palavras do Senhor Jesus, desde então, ninguém mais poderá acrescentar ou tirar nada do que foi escrito (Apocalipse 22.18, 19).
E na carta de Paulo aos Gálatas 1.8, ele alertou: Ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. E sendo a campanha uma nova doutrina, porque não consta no Evangelho escrito pelos homens santos de Deus, fica fora do contexto bíblico.
E por trás dessas campanhas, ocorre algo que os fieis não conseguem aperceber, em torno de todo esse aparato devocional com aspecto de santificação, há o interesse financeiro dos dirigentes das organizações religiosas que idealizam as campanhas.
Mas a maior complicação em tudo isso, ainda está por vir, é o resultado final desses atos e as suas conseqüências. O pastor da igreja acaba redirecionando a fé da sua ovelha para a campanha, que é um ritual, um simbolismo, um sacrifício material, deixando em segundo plano a fé em Cristo Jesus, que tudo nos dá, e de graça.
A situação é preocupante, existem irmãos que são obcecados por campanha, e passam a crer, que só receberão bênçãos através das campanhas, e isso não é verdade.
A campanha tornou-se um engodo, uma isca para atrair e compromissar o crente com a igreja, que muitas vezes são chantageados espiritualmente à participar e dar continuidade, isto é, não quebrar a campanha, para que não venham à receber maldição ao invés de benção. E acabam perdendo o vínculo com a fé em Cristo, e o contato com o propósito final da morte de Cristo na Cruz, que veio para nos remir de todo pecado e nos ofertar a vida eterna.
No Evangelho de João 4.20-24, ocasião em que Jesus dialogava com uma mulher samaritana, a qual lhe disse: Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar.
Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem.
Portanto, meu amado irmão esteja atento quanto a voz dos espíritos enganadores. A sua cura e libertação, não virá das águas do Rio Jordão, nem do pisar o sal grosso do Mar Morto, nem tão pouco por orações realizadas no Monte Sinai ou em qualquer outro lugar do mundo, a sua libertação virá pela fé em Cristo, aquele que derramou o seu sangue inocente na cruz do Calvário, para todo que nele crer, não pereça mas tenha a vida eterna.
Irmãos, para o verdadeiro servo do Senhor, o único alvo é a cruz de Cristo e o seu propósito tem que ser a esperança da salvação, e essas campanhas, acabam sufocando a fé e a promessa da vida eterna, porque na maioria das vezes o objetivo da campanha é outro, é a busca desenfreada pela prosperidade material.
Esquecem que o maior patrimônio que podemos conquistar aqui na terra é a graça e a paz do Senhor Jesus, e nos dias vindouros, a vida eterna. E, para isso não precisa pagar nada e nem realizar campanha alguma, porque Cristo já pagou a dívida que o homem contraiu com Deus, pagou o mais alto preço com o seu próprio sangue pela remissão dos nossos pecados.
A nossa preocupação vem em razão das conseqüências disso tudo, que podem ser desastrosas. A campanha torna-se uma obsessão, o que pode acabar consumando a morte na fé, e a renúncia da vida eterna, porque os fieis estão sendo desviado da santificação e da vida espiritual em Cristo, pela busca à prosperidade material.
No Evangelho de João 4.22, disse Jesus: Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos.
Então o irmão poderá questionar: Se a campanha não tem fundamento bíblico, porque há tantos testemunhos de irmão que participam de campanhas e são agraciados?
Vamos responder usando o texto bíblico: Na carta Universal do Apóstolo Tiago capítulo 4.13-16 diz: Agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos. Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece.
Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo. Mas, agora, vos gloriais em vossas presunções; toda glória tal como esta é maligna.
A confirmação vem na carta aos II Coríntios 11.13-15 a qual diz: Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo. E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz, não é muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras.
Portanto, para ser próspero, não se faz necessário amontoar fortuna para si, pois José, filho de Jacó, estando preso inocentemente nas masmorras de faraó do Egito, era próspero em tudo quanto fazia, porque Deus era com ele (Gênesis 40).
O Apóstolo Paulo deixou o seu testemunho de humildade, na carta aos Filipenses 4.11-13, disse: Já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece.
E a nossa preocupação não é apenas isso, pois diante de tantas maravilhas na Palavra do Senhor, agora vem o homem com mais uma falsa doutrina, ensinando os seus seguidores a pecar, introduzindo doutrina de heresia no meio evangélico orientando esses a DETERMINAR E NÃO ACEITAR. Exortamos aos irmãos a não incorrer neste erro, porque esse ensinamento para determinar a sua benção e não aceitar as provações, é um equívoco terrível, uma afronta a Palavra de Deus.
A Palavra nos alerta sobre o dever de orar sempre e nunca desfalecer, vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas essas coisas que hão de acontecer e de estar em pé diante do Filho do Homem.
Em I Timóteo 2.8, a palavra diz: Quero pois que os homens orem em todo lugar, levantando mãos santas sem ira nem contenda.
Esta é a campanha do verdadeiro adorador do Pai: orar sem cessar, em todo tempo, em todo lugar, com mãos santas, sem ira e nem contenda.
Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração; orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito e vigiando nisso com toda perseverança por todos os santos, velando nela com ação de graças (Efésios 6.18).
Louvai ao Senhor

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

PORQUE NOS EXPULSARÃO DAS SINAGOGAS.

No princípio, o Senhor escolheu doze apóstolos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos para os expulsarem e para curarem toda enfermidade e todo mal. Enviou os doze e lhes ordenou, dizendo: Ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel, e pregai, dizendo: É chegado o Reino dos céus. Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai.

Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos; nem alforjes para o caminho, porque digno é o operário do seu alimento. Acautelai-vos, porém, dos homens, porque eles vos entregarão aos sinédrios e vos açoitarão nas suas sinagogas; e sereis até conduzidos à presença dos governadores e dos reis, por causa de mim, para lhes servir de testemunho, a eles e aos gentios (Mateus cap.10).

Gostaríamos de compartilhar com os irmãos uma particularidade indispensável, neste texto, quando o Senhor separou os doze para iniciar a obra, observem que o Senhor deu-lhes poder sobre os espíritos imundos para libertação de todo mal como: Curar enfermos, limpar leprosos, ressuscitar mortos, expulsar os demônios; porém os alertou: De graça recebeste, de graça dai.

E ordenou: Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos; nem alforjes (sacola) para o caminho, porque digno é o operário do seu alimento. Desde então Jesus ordenou aos discípulos, exercer o ministério de graça, como também não possuir: Ouro, prata, nem a sacolinha.

Irmãos, aqui começa o maior conflito dos pregadores contemporâneos em analogia à Palavra e perseguição aos verdadeiros discípulos que não aceitam dinheiro para fazer a obra do Senhor.

O pregador, quando em missão, caso não tenha condições próprias para sua manutenção, até poderá receber alguma coisa, mas somente o indispensável ao cotidiano, exemplo: O alimento, a pousada, eventualmente vestes, transporte... Mas tomar dinheiro dos irmãos, em nome do sangue e do sacrifício do Senhor Jesus, isso nunca poderá ser praticado.

Porque desde o princípio, Jesus ordenou que o Evangelho fosse anunciado DE GRAÇA, e não revogou essa ordenança, e qualquer alteração criada pelo homem estará adulterando a Palavra do Senhor.

E, lamentavelmente há pregadores torcendo a verdade de Cristo em mentira, anunciando que Judas Iscariotes era o tesoureiro do grupo, fundamentados na passagem bíblica no livro de João 13.26-29 onde ocasião em que o Senhor, após ter dado o bocado molhado para Judas disse-lhe: O que fazes, fá-lo depressa.

E nenhum dos que estavam assentados a mesa compreendeu a que propósito lhe dissera isto; e, como Judas tinha a bolsa, pensavam alguns que Jesus lhe tinha dito: Compra o que nos é necessário para a festa, ou que desse alguma coisa aos pobres.

Mas em Lucas 10.4, Jesus disse aos discípulos: Não leveis bolsa, nem alforje... Entretanto, em João 12.6, desvenda o porquê Judas tinha bolsa, relatando: Ora ele (Judas Iscariotes) disse isto, não pelo cuidado que tivesse dos pobres, mas porque era ladrão, e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava.

Está revelada a palavra, Judas tinha bolsa por duas razões: Primeiramente porque era desobediente, isso é, descompromissado com a verdade (Lucas 10.4), e também porque era ladrão (João 12.6), e tirava as coisas que ali se lançava.

Os pregadores que apreciam Judas como tesoureiro, contraditam a Palavra do Senhor que o declara ladrão. Como também, não podemos tomar como exemplo a conduta de Judas, para aplicá-la como regra de doutrina a igreja, para pedir ou aceitar dinheiro sob pretexto de evangelização, pois, o Senhor reprova e condena todos os seus atos (João 6.70 e 17.12).

E nos últimos momentos, antes de Cristo ser entregue aos seus executores, reuniu os discípulos que haviam de trabalhar pelo seu nome, e lhes falou sobre as perseguições e tribulações que havia de vir sobre eles, e os instruiu dizendo:

Tenho-vos dito essas coisas para que não vos escandalizeis. Expulsar-vos-ão das sinagogas; e vem mesmo a hora em que qualquer que vos matar cuidará fazer um serviço a Deus (João capítulo 16). Jesus avisou previamente e declarou: Expulsar-vos-ão das sinagogas.

Então perguntamos: Quem, e em que ocasião os seus discípulos serão expulsos das sinagogas? Certamente todo aquele que discordar da doutrina das instituições eclesiásticas religiosas denominacionais apelidadas de “igreja”, legalmente constituídas, torna-se candidato a expulsão.

Ao pregar o Evangelho nas “igrejas”, caso o sermão seja em harmonia com a doutrina estabelecida pelo estatuto da organização, com certeza será bem-vindo e acolhido no seio da congregação. Mas ainda que a pregação esteja em conformidade com a Palavra, mas contrariar os princípios doutrinários da instituição, você estará fora do sistema.

E para isso, não precisa muita coisa não, basta pregar só a Verdade estabelecida no Evangelho de Cristo, anunciar por exemplo que o homem tem que viver do suor do seu rosto, porque hoje não existe mais a figura do levita, que “DÍZIMOS e OFERTAS” são ordenanças abolidas, e no tempo da graça ninguém precisa pagar mais nada pelas bênçãos e salvação, porque Cristo pagou o mais alto preço pela aspersão do seu próprio sangue.

Pronto, você nem imagina o tamanho da confusão que você acabou de arrumar com a liderança, e até mesmo com os membros da igreja, os quais patrocinam a mordomia do clero.

Mas poderá alguém contrariar a verdade de Cristo em detrimento a doutrina de homem? Nós não recebemos o Evangelho por vontade de homem algum, e o nosso compromisso é com o nosso Salvador, e os que desejam alcançar o Reino de Deus terão que praticar a verdade, ao contrário, não verão a sua glória do Altíssimo.

O Capítulo 9 do Evangelho de João, narra que o Senhor curou um rapaz cego de nascença, e esse, fora pressionado e perseguido pelos fariseus (principal religião entre os judeus), por causa do nome do Senhor, como também os seus pais, os quais negaram a Jesus (João 9.22) porque temiam os judeus, porquanto os judeus tinham resolvido que, se alguém confessasse ser Ele o Cristo, seria expulso da sinagoga.

Apesar de tudo, até muitos dos principais entre os judeus creram em Jesus; mas não o confessavam por causa dos fariseus, para não serem expulsos da sinagoga (João 12.42). E os fariseus continuam administrando as igrejas, e anunciando um evangelho apócrifo, conhecido nos meios evangélicos como o evangelho da prosperidade, enganando e sendo enganados.

Testemunho por experiência própria, no início da minha conversão, comecei lendo o Novo Testamento, e o Espírito Santo de Deus revelava-me a Palavra, sentia o Espírito de Deus cochichando aos meus ouvidos, e quando eu participava de algum culto, observava a pregação, que na maioria das vezes, afrontava a verdade de Cristo.

Aquilo me causava angústia e vez por outra tentei me aproximar desses pregadores e anunciar a verdade, porque na minha ingenuidade, acreditava que poderiam mudar e prestar um grande serviço a Deus, mas eles me recebiam com pedras, me tratavam como neófito, e diziam que eu precisava orar e pedir sabedoria a Deus para entender a licitude e benefícios dos dízimos e ofertas, como também, outras doutrinas estranhas que aplicam às “igrejas”.

Certa ocasião, ao visitar uma grande denominação da cidade de Londrina, o “pastor” estava orando no púlpito, e ao me ver adentrar, pronunciou a seguinte frase: “Irmãos, o inimigo não quer o crescimento financeiro desta igreja”. Aquilo me causou profunda dor, não pela humilhação sofrida, mas pela infelicidade na colocação das suas palavras, porque dias antes, eu havia lhe anunciado justamente a verdade de Cristo, o qual disse aos seus: De graça recebeste, de graça dai.

Conclui-se que o inimigo que não queria o crescimento financeiro da igreja que se referia esse “pastor”, só pode ser Cristo, porque não fomos nós quem escrevemos o Evangelho, mas toda Palavra foi divinamente inspirada pelo Espírito Santo do Senhor.

Em outra igreja, o “pastor” fez uma pregação exclusivamente direcionada a minha pessoa, objetivando humilhar-me ao saber que havíamos passado uma cópia do estudo bíblico a verdade sobre os dízimos para um membro da sua igreja.

E na sua preleção, ele declarou: “Sou um pastor formado há tantos anos (não me lembro quanto tempo) e não admito heresias de neófito na minha igreja”. Esse “pastor” contraditou tanto, que ao fim da sua pregação as suas palavras tornaram-se peçonhentas contra si mesmo, pois, confessou: “Eu sei que o dízimo pela lei é abolido, mas o dízimo de Abraão, esse dízimo jamais será revogado”. Na realidade ele não tem noção da amplitude de sua heresia.

Outro “pastor” me alertou em tom ameaçador: Irmão, pare com isso, porque você é uma formiguinha que está caminhando de encontro a uma manada de elefantes. Você acha que se fosse assim, Deus iria deixar de revelar essas coisas a tantos pastores sábios, para revelar justo a você, que é um neófito?

Observem que esse “pastor” também contraditou Jesus novamente, o qual declarou: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultastes essas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos.

Nesse tempo, abriu-se uma igreja próxima da minha casa, fiz algumas visitas e o “pastor” com a sua esposa começaram a frequentar nossa casa. Certo dia, ele começo a me falar sobre o dízimo, então rechacei essa ordenança do Antigo Testamento. Ambos ficaram excessivamente nervosos, e só não me agrediram fisicamente porque estavam dentro da minha casa, mas não pouparam agressão verbal, e encerraram a amizade não só com minha pessoa, mas com todos da minha família.

Nessa caminhada recebemos muita afronta dos defensores dos dízimos, entretanto, de minha parte nunca com espírito de contenda, mas sempre com mansidão, e vários nos deram as costas, e o mais curioso é que a maioria dos pastores dizem sempre a mesma coisa: “O irmão precisa orar muito para discernimento que é lícito receber o dízimo no Novo Testamento”.

E constantemente somos execrados através do fale conosco do site, quando não, pessoalmente. E tudo isso ocorre por uma única razão: Porque anunciamos que a obra de Cristo deve ser realizada de graça como faziam os seus apóstolos e discípulos, conforme ordenança da Palavra do Senhor no Novo Testamento. Mas essas afrontas não são motivos para enfraquecer a nossa fé, ao contrário, há razão de sobra para alegrarmo-nos, porque no Evangelho de Mateus 5.10-12, Jesus nos conforte dizendo:

Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus; bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.

E na primeira carta aos Coríntios 4.13, a Palavra relata que somos blasfemados e rogamos; chegamos a ser como o lixo deste mundo e como a escória de todos.

O capítulo 4 do Evangelho de Lucas, conta que Jesus, ao declarar-se ungido de Deus para evangelizar os pobres, pregoar liberdade aos cativos e dar vistas aos cegos, todos na sinagoga, ouvindo essas coisas, se encheram de ira. E, levantando-se, O expulsaram da cidade e o levaram até ao cume do monte em que a cidade deles estava edificada, para dali o precipitarem.

A igreja primitiva de Cristo também sofreu uma perseguição ferrenha pelos judeus, os quais taparam os ouvidos para não ouvir falar de Cristo, para não mudar os costumes legado por Moisés.

Muitos dos discípulos foram presos, açoitados e sofreram morte violenta. Os judeus respiravam ameaças e muitas vezes, castiga-os por todas as sinagogas, não conhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria justiça. E com a igreja de Cristo não será diferente, coisas inesperadas ainda acontecerão, mas não há nada a temer, mas crer somente, que servimos a um Cristo vivo, que não permitirá que sejamos tentados acima daquilo que possamos suportar, porque com a tentação virá também o escape (I Coríntios 10.13).

O Senhor ampara os que são seus. Vamos ao bom combate até o fim, porque grande será o galardão no Reino do Céu, porque o Senhor disse: Quem ouve a vós, a mim me ouve; e quem rejeita a vós a mim rejeita; e quem a mim rejeita, rejeita aquele que me enviou (Lucas 10.16).

Isso vos farão, porque não conheceram ao Pai nem a mim (João 16.3).

Louvai ao Senhor!