sexta-feira, 25 de maio de 2012

COMO MANTER A OBRA SEM OS DIZIMOS E OFERTAS ?

Primeiramente precisamos conhecer que desde o princípio, o dízimo não foi criado para manter a obra de evangelização, mas para suprir as necessidades dos levitas que não tinha parte nem herança na terra prometida, e também para sustento do estrangeiro que estava às portas do povo de Deus, para auxilio aos órfãos e as viúvas (Deuteronômio 14.29). Porem, essa ordenança era designada os povos do Antigo Testamento.

Mas hoje, vivendo o tempo da graça, o Senhor Jesus deixou o exemplo legado pelos seus apóstolos, a forma como devemos realizar a evangelização descrita a partir do livro de Mateus 10.6-15, ao ordená-los para obra: IDE, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel; e, indo, pregai, dizendo: É chegado o Reino dos céus...
Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; DE GRAÇA RECEBESTE, DE GRAÇA DAI. Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos; nem alforjes para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem bordão, porque digno é o obreiro do seu alimento.
Esta é a receita para se fazer a obra de Deus, e quem assim ordenou foi o próprio Jesus Cristo, e qualquer que fizer a obra arrecadando dinheiro dos irmãos, estará contraditando a Palavra do Senhor Jesus.
Mas hoje, vivendo pela graça, a forma correta para anunciar o Evangelho, exemplificada pela igreja primitiva é reunir-se nas casas, justamente para não gerar despesas, para a obra não venha sobrecarregar aos irmãos.
Essa ordenança é uma homologação de Jesus, o qual resumiu isso dizendo: Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome aí estou eu, no meio deles (Mateus 18.20).
Isso quer dizer que, para Deus não faz diferença se reunirmos dentro de uma estrutura material, nas casas dos irmãos ou embaixo de uma árvore. Para Deus, importante é a seriedade da obra realizada para anunciar o Evangelho, honrar e magnificar o nome do nosso Deus Pai, reunindo sempre em nome do Senhor Jesus, onde quer que estejamos.
E, quando meditamos na Palavra do Senhor no livro de Atos dos Apóstolos, como também nas Cartas Paulinas, conhecemos a simplicidade como os homens de Deus anunciavam o Evangelho, se direcionavam para onde o povo estava, seja nas casas, ruas, praças, eventualmente em algum templo (aos sábados iam nas sinagogas onde os judeus se reuniam), porem não tinham o compromisso de membro ou freqüência permanente em uma mesma instituição.
Então alguém poderá contestar: E as sete igrejas da Ásia citadas no Apocalipse? Essas igrejas não eram templos edificados pelo homem, nem organizações institucionais eclesiásticas religiosas, eram comunidades evangélicas estabelecidas em cada cidade, exemplificadas também nas cartas de Paulo aos crentes de cada cidade, como também dirigiu cartas aos povos (Romanos e Hebreus) e individualmente para alguns irmãos.
E para ratificar que igreja não é prédio, a carta aos Efésios 5.23, descreve: Assim como o marido é a cabeça da mulher, Cristo também é a cabeça da igreja, sendo Ele próprio o Salvador do corpo.
À luz do Evangelho hoje, a igreja de Cristo assim se constitui: Individualmente, o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, todos os templos formam um corpo, e Jesus Cristo é a cabeça desse corpo. Essa é a igreja do Senhor Jesus, até a sua vinda para arrebatá-la para a Nova Jerusalém.
É recomendável lembrar que um dos textos mais pregados em razão dos dízimos e ofertas, descrito na segunda carta de Paulo aos Coríntios 9.6 e 7, relata: O que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância em abundância também ceifará.
Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.
Muitos pregadores usam essa palavra maravilhosa, por ocasião da coleta na igreja, vinculando o semear de Cristo, com os bens materiais desta vida, mas não mencionam o versículo 9 do mesmo capítulo, onde o Senhor revela que a semente é a caridade, como amor ao próximo, observe:
II Coríntios 9.9: Conforme está escrito: Distribuiu, deu aos pobres, a sua justiça permanece para sempre.
Essa referência, incide no livro dos Salmos 112.9, onde a palavra diz: Distribui, dá aos pobres; a sua justiça permanece para sempre, e o seu poder se exaltará em glória.
Portanto amados, não se deixem enganar, pois a Palavra nunca recomendou “semear” dinheiro nas igrejas denominacionais.
Quanto ao sustento dos pregadores, esses devem ganhar o pão no suor do seu rosto, devem trabalhar para a manutenção dos seus, pois a Palavra na segunda carta aos Tessalonicenses 3.10 descreve que, se alguém não quiser trabalhar, não coma também.
Porque no Novo Testamento, a Palavra instrui que o homem deverá viver do seu trabalho, inclusive os que pregam o Evangelho precisam zelar pelo caráter de uma vida em sinceridade e moderação, para não escandalizar os verdadeiros pregadores do Evangelho no tempo da graça e salvação, pela aspersão do sangue do Senhor Jesus.
Assim devemos fazer a obra de Deus hoje, sem tirar dinheiro e nem proveito de nada, antes devemos ajudar aos que estão em dificuldades, com caridade (amor a próximo) ordenado de forma imperativa por Jesus Cristo em todos os livros do Novo Testamento.
Entretanto, dedicando-se alguém exclusivamente ao episcopado (I Timóteo 3.1), e caso haja alguma necessidade, o pregador deverá se adequar aos ensinamentos do Senhor, citado em (Mateus 10.6-15), e deverá receber somente o essencial para a sua manutenção cotidiana.
Mas, proceder em conformidade com a conduta de muitos pregadores corruptos, privados da verdade, que vivem sem trabalhar comercializando o sacrifício e o sangue do nosso Redentor, é algo que jamais poderá acontecer aos que amam a Verdade.
Portanto, voltar a prática da lei, é anular o sacrifício do Cordeiro de Deus, e reconstruir o muro por Ele derrubado (Efésios 2.14-16)
Louvai ao Senhor!

COMERCIO NO TEMPLO ABOMINAÇÃO AO SENHOR .

Outros comercializam o dom que de graça recebeu do Senhor, fazendo negócios dentro e fora das reuniões sem nenhum temor e respeito a obra de Cristo, confrontando a sua Palavra, são verdadeiros industriais, empresários da fé, usando o sangue inocente e sacrifico do Senhor para remissão dos nossos pecados de muitos, como marketing de empresas. À propósito vamos conhecer melhor esta palavra:
MARKETING: Conjunto de estudos e medidas que provêem estrategicamente o lançamento e sustentação de produto ou serviço no mercado consumidor, garantindo o bom êxito comercial da iniciativa. É o mesmo que mercadologia.
MERCADOLOGIA: Execução das atividades de negócios que encaminham o fluxo de mercadoria e serviços, partindo do produtor até o consumidor final.
Irmão, e você sabe quem é esse consumidor final? É justamente você, que compra ou colabora de alguma forma com esse comércio que escandaliza a Palavra, e lamentavelmente o homem dissoluto que não teme à Deus, abre um ponto comercial em cada esquina, com requinte e caráter de empresa, colo um rótulo de “igreja”, mas o único objetivo é extorquir a fé dos que buscam servir ao Senhor.
Agora observem o que aconteceu quando Jesus entrou no templo e surpreendeu alguns homens comercializando, principalmente animais que seriam usados para sacrifícios em holocausto, conforme uso da lei de Moisés (Levíticos Cap. 1, 2, 3...).
Evangelho de João 2.13-16 relata que estava próxima a páscoa dos Judeus e Jesus subiu a Jerusalém, e achou no templo os que vendiam bois, ovelhas, pombos, e os cambistas assentados.
E tendo feito um açoite de cordéis, lançou todos fora do templo, também os bois e ovelhas e espalhou o dinheiro dos cambiadores e derrubou as mesas. E disse aos que vendiam pombos: Tirai daqui estes, e não façais da casa do meu Pai, casa de venda.
No Evangelho de Mateus 21:13, disse Jesus: Está escrito, a minha casa será chamada casa de oração, mas vós a tendes convertidas em covil de ladrões.
Irmão, reflita, onde muitas vezes estamos buscando as bênçãos e convictos que estamos servindo ao Senhor? Porventura pode alguém encontrar o nosso Deus que é íntegro, santo, puro, em covil de ladrões? Deus é conivente com a iniqüidade?
Por isso, Jesus se indignou com o comercialismo e a profanação do templo, o qual não viu outra saída se não limpar o templo expulsando os corruptos. Suas ações foram atemorizantes, e muitos fugiram dali por causa dela.
Porém, as crianças, os cegos e os coxos, ficaram e Ele os curou, porque no Evangelho de Lucas 4.15, relata que pela virtude do Espírito Santo Jesus ensinava nas sinagogas, e anunciou:
O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração, a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor. Porque Jesus veio para os doentes, buscar e salvar o que havia se perdido.
Agora meditem nos textos abaixo, o aprecie o resultado pela corrupção, quando se usa o nome do Senhor:
O capítulo 5 de II Reis, descreve que o general Naamã sendo agraciado pela cura da lepra, ofertou a Eliseu, profeta de Deus, grande valor de bens materiais, mas esse recusou, apesar da insistência de Naamã com ele para que a tomasse, mas ele não aceitou.
Porem, Geazi, servo do profeta Eliseu, correu atrás de Naamã, e tomou os bens que o seu senhor havia recusado. E como recompensa pela corrupção herdou a lepra que estava em Naamã.
Episódio semelhante ocorreu no Novo Testamento (Atos 8.9-23), conta que em Samaria, um certo homem chamado Simão, que anteriormente exercera naquela cidade a arte mágica e tinha iludido a gente de Samaria, dizendo que era uma grande personagem; ao qual todos atendiam, desde o mais pequeno até ao maior, dizendo: Este é a grande virtude de Deus.
Mas, como cressem em Filipe, que lhes pregava acerca do Reino de Deus e do nome de Jesus Cristo, se batizavam, tanto homens como mulheres. E creu até o próprio Simão; e, sendo batizado, ficou, de contínuo, com Filipe e, vendo os sinais e as grandes maravilhas que se faziam, estava atônito.
Os apóstolos, que estavam em Jerusalém, ouvindo que em Samaria receberam a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João, os quais, tendo descido, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo. (Porque sobre nenhum deles tinha ainda descido, mas somente eram batizados em nome do Senhor Jesus). Então, lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito Santo.
E Simão, vendo que pela imposição das mãos dos apóstolos era dado o Espírito Santo, lhes ofereceu dinheiro, dizendo: Dai-me também a mim esse poder, para que aquele sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo.
Mas disse-lhe Pedro: O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que o dom de Deus se alcança por dinheiro. Tu não tens parte nem sorte nesta palavra, porque o teu coração não é reto diante de Deus. Arrepende-te, pois, dessa tua iniqüidade e ora a Deus, para que, porventura, te seja perdoado o pensamento do teu coração; pois vejo que estás em fel de amargura e em laço de iniqüidade.
Hoje, em muitas “igrejas”, há um comércio escancarado, principalmente na vendagem de livros, e CDs, roupas e salgados. Homens enganando o seu semelhante, dizendo aos irmãos que serão abençoados com a aquisição daquele material. Mas a Palavra do Senhor diz outra coisa, ela diz que a unção vem de Deus. Vejam:
I João 2:26, 27, diz: Estas coisas vos escrevi acerca dos que vos enganam. E a unção que vós recebestes dele fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas.
Evangelho de João 14.26, diz: Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.
Portanto meu irmão, minha irmã, se você está vendendo, comprando, ou contribuindo de alguma forma para que haja comércio de qualquer espécie na instituição religiosa chamada “igreja”, para transformá-la em covil de ladrões, e for surpreendido pela presença do Espírito Santo do Senhor, você estará praticando a iniqüidade, e, poderá também, como aqueles que comercializavam no templo do Senhor, ser lançado fora, porque o dom de Deus não se compra e nem se alcança com o dinheiro, mas com humildade, fé e a unção do Espírito Santo, que vem do Alto.
Louvai ao Senhor!

DIZIMO E OFERTA PERMANECEM NO NOVO TESTAMENTO?

Os dicionários bíblicos assim definem o dízimo: A décima parte, tanto das colheitas como dos animais, que os israelitas ofereciam a Deus (Levíticos 27.30-32 e Hebreus 7.1-10). O dízimo era usado para o sustento dos levitas (Números 18.21-2), dos estrangeiros, dos órfãos e das viúvas (Deuteronômio 14.29).
Para iniciar o nosso estudo bíblico, já conhecemos que mesmo na vigência da Lei de Moisés, dízimo não era dinheiro (Deuteronômio 14.22-27), mas dez por cento das colheitas de grãos e de animais, e eram destinados à suprir os Levitas que não tinham parte e nem herança na terra prometida.
No Novo Testamento o dízimo foi citado três vezes, vamos conhecer o porquê e em quais circunstâncias a Palavra se refere a essa ordenança da Lei.
A primeira vez que o dízimo foi citado no Novo Testamento (Mateus 23.23), Jesus censurou os escribas e fariseus, dizendo-lhes: Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé. Deveis, porém, fazer estas coisas e não omitir aquelas.
Por isso, quando anunciamos que o dízimo é abolido no tempo da graça, os seus patronos e beneficiários imediatamente bradam por Mateus 23.23, e muitos, por não vislumbrar a divisão existente na Palavra entre o Antigo Testamento (feito por leis, cerimônias e rituais) e o Novo Testamento (da graça), ainda trazem nos lombos o pesado fardo da lei, mesmo depois da revogação do precedente mandamento, por causa da sua fraqueza e inutilidade (pois a lei, nenhuma coisa aperfeiçoou), sendo introduzida uma melhor esperança, pela qual chegamos a Deus (Hebreus 7.18 e 19), pela aspersão do sangue de Cristo na cruz do Calvário, o qual veio justamente para libertar o homem do jugo da lei, mas o seu sacrifício continua sendo rejeitado.
Então vamos buscar discernimento espiritual na Palavra, para entendermos o porquê, naquela ocasião Jesus recomendou a manutenção dessa ordenança da lei, dizendo: Deveis, porém, fazer estas coisas e não omitir aquelas.
Assim afirmou Jesus, porque era um judeu, nascido sob a lei (Gálatas 4.4), e viveu na tutela da lei. Reconhecendo-a, disse dessa forma, pela responsabilidade de cumprir a lei. E para isso, em Mateus 5.17 e 18, Ele disse: Não cuideis que vim abolir a lei e os profetas, mas vim para cumpri-la, e, nem um jota ou til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido.
Jesus assegurou que a lei deveria ser cumprida, mesmo no decorrer do seu ministério, porque qualquer que se violasse a lei, seria apedrejado até a morte. E nesse caso, Ele não iria cumprir a sua missão aqui na terra para libertar o homem que estava morto na maldição do pecado.
E verdadeiramente Jesus cumpriu a lei. Foi circuncidado aos oito dias, foi apresentado na sinagoga (Lucas 2. 21-24), assumiu o seu sacerdócio aos trinta anos (Lucas 3.23, Números 4.43, 47), e exerceu outras formalidades cerimoniais da lei.
Observe também, que Jesus curou o leproso (Mateus 8.1-4) e depois o mandou apresentar ao Sacerdote a oferta que Moisés ordenou no capítulo 14 de Levítico. E hoje, alguém oferece ao sacerdote alguma oferta após a graça da libertação das enfermidades?
Porque a Nova Aliança não teve princípio no nascimento de Jesus, mas na Sua morte (Gálatas 3.22-25 e 4.4, 5), para tanto, Cristo, ao render o seu espírito a Deus (Mateus 27.50,51), o véu do templo rasgou-se de alto a baixo, então passamos a viver pela graça do Senhor Jesus, encerrando-se ali, toda ordenança da lei de Moisés, sendo introduzido o Novo Testamento, o Evangelho da salvação pelo triunfo do Senhor Jesus Cristo na cruz do Calvário.
O que precisamos entender de vez por todas, que Cristo não veio a ensinar os judeus a viverem bem a Velha Aliança, Ele disse: Um novo mandamento vos dou (João 13.34), e, se a justiça provem da lei, segue-se que Cristo morreu em vão (Gálatas 2.21). E em Mateus 5.20, disse Jesus: Se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus.
Considere que o Senhor Jesus Cristo mandou justamente os escribas e fariseus (os quais o Senhor sempre os tratou por hipócritas, falsos) que cumprissem a lei de Moisés, que ordenava o dízimo. Nós porém, para herdarmos o reino do Céu, não podemos de forma alguma voltar no ritual da lei Mosaica como faziam os escribas e fariseus, mas precisamos exceder essa lei, ainda que abolida. O amor, a graça e a paz do Senhor Jesus excede a lei e todo entendimento humano.
A Segunda vez que o Senhor Jesus referiu-se ao dízimo, foi na Parábola do Fariseu e do Publicano (Lucas 18.9-14), e outra vez Jesus censurou os dizimistas. Tomou como exemplo um religioso, dizimista fiel, o qual jejuava duas vezes por semana, porém, exaltava a si mesmo e humilhava um pecador que suplicava a misericórdia do Senhor.
É interessante observar que os fariseus continuam se exaltando e da mesma forma, batem no peito e dizem: Eu sou dizimista fiel. Mas nesta narrativa alegórica, o Senhor Jesus Cristo exemplificou que no Evangelho não há galardão para os dizimistas, ao contrário, Jesus sempre os censurou.

A ABOLIÇÃO DOS DÍZIMOS
Hebreus 7.5: E os que dentre os filhos de Levi receberam o sacerdócio tem ordem, segundo a lei, de tomar os dízimos do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que tenham saído dos lombos de Abraão.
Medite, a palavra afirma que Moisés deu uma lei ao seu povo, direcionada aos filhos de Levi, especificamente aos que receberam sacerdócio para trabalhar nas tendas das congregações, os quais tinham ordem, segundo a lei de receber os dízimos dos seus irmãos. Agora note o relato do versículo 11e 12:
Hebreus 7.11: De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio Levítico (porque sob ele o povo recebeu a lei), que necessidade se havia logo de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque (referindo-se a Jesus Cristo) e não fosse chamado segundo a ordem de Arão? (menção a Moisés, o qual introduziu a lei ao povo).
Hebreus 7.12: Porque mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança na lei.
Meditando no texto acima, especificamente nestes versículos, onde a palavra do Senhor assegura que os sacerdotes Levíticos recebiam os dízimos segundo a lei (Hebreus 7.5), Porque através deles (sacerdotes Levíticos) o povo recebeu a lei (Hebreus 7.11) e mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também, mudança na lei (Hebreus 7.12), porque se a perfeição fosse pelo sacerdócio Levítico (pelo qual o povo recebeu a lei), qual a necessidade do Senhor Deus enviar outro Sacerdote? A palavra não deixa sombra de dúvida que não só o dízimo, mas toda a lei de Moisés foi por Cristo abolida. Mudou o Sacerdócio, necessariamente se faz mudança na Lei.
E, se voltarmos na lei que fora direcionada especificamente aos filhos de Levi, aos que receberam o sacerdócio do Senhor Deus e, se aplicada aos crentes hoje, ela torna-se intempestiva e ilegítima, porque os “pastores” de hoje não são sacerdotes levitas. E Jesus afirmou que a lei e os profetas duraram até João (Lucas 16.16), e mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz mudança na lei (Hebreus 7.12).
Portanto amados, apenas esses três versículos (5, 11,12) do capítulo 7 da carta aos Hebreus, seriam suficientes para entendermos a abolição de toda lei, e não falarmos mais em obras mortas, como o dízimo no tempo da Graça do Senhor Jesus.
Outra particularidade, no capítulo 18 do livro de Números, o Senhor Deus adverte aos sacerdotes levitas dizendo: Na sua terra, possessão nenhuma terás, e no meio deles nenhuma parte possuirás; eu sou a tua parte e a tua herança no meio dos filhos de Israel.
Gostaríamos de recomendar aos pregadores contemporâneos (os que querem se assemelhar aos sacerdotes levitas), seria bom que guardassem os mandamentos do Senhor para aquela tribo, os quais não possuíam bens materiais, pois o Senhor era a herança dos sacerdotes levitas.

AS OFERTAS NO NOVO TESTAMENTO
E, falando pela Palavra, semelhantemente aos dízimos, não é licito os dirigentes das igrejas denominacionais receberem ofertas (dinheiro ou bens materiais) dos seus fieis, visto que no Novo Testamento não há fundamento para essa prática, pois, as ofertas citadas na Lei de Moisés não eram doações de bens materiais, mas sim oferendas de animais, cereais ou bebidas, entregues a Deus como parte do culto de adoração. No livro de Levítico, do capítulo 1 a 7, está especificado cinco tipos principais de ofertas e sacrifícios:
1) Holocausto, em que o animal era completamente queimado no altar Levíticos (1.1-17 e 6.8-13).
2) Oferta de manjares, isto é, de cereais (Levíticos 2.1-16 e 6.14-23).
3) Sacrifício pacífico ou de paz (Levíticos 3.1-17; 7.11-21).
4) Oferta pelo pecado, isto é, para tirar pecados (Levíticos 4.1-5.13; 6.24-30).
5) Oferta pela culpa, isto é, para tirar a culpa (Levíticos 5.14-6.7; 7.1-7).
Das ofertas de paz havia três tipos: por gratidão a Deus (Levíticos 7.12), para pagar voto ou promessa (Levíticos 7.16) e a voluntária, que era trazida de livre e espontânea vontade (Levíticos 7.16).
Além dessas, havia também a libação, tipo de oferta em que se derramava vinho (Levítico 23.13), e também a OFERTA ALÇADA, sobre a qual, vamos meditar no texto abaixo.
Mas, os sacrifícios do A.T. eram provisórios (Hebreus 10.4) e apontavam para o Cordeiro de Deus (João 1.29 e Hebreus 9.9-15), cujo sangue, pela sua morte na cruz, nos limpa de todo pecado (I João 1.7).

OFERTA ALÇADA NO EVANGELHO
Ainda que os esclarecimentos sejam bem detalhados, sabemos que haverá apologia sustentada na oferta da viúva pobre (Lucas 21.1-4), ocasião em Jesus observava os ricos lançarem as suas ofertas na arca do tesouro; e também uma pobre viúva que lançava ali duas pequenas moedas; então, disse Jesus: Em verdade vos digo que lançou mais do que todos, esta pobre viúva, porque todos aqueles deram como ofertas de Deus do que lhes sobeja; mas esta, da sua pobreza, deu todo o sustento que tinha.
Exatamente como o dízimo de Mateus 23.23, todas as vezes que a Palavra cita “OFERTA” no Novo Testamento, assim como a oferta da viúva pobre, todos esses episódios sobrevieram na vigência da lei de Moisés, mas aqui há uma palavra revelada. Vamos meditar no Antigo Testamento sobre os dízimos e ofertas alçadas, para discernimento espiritual da Palavra:
No livro de Números 18.20-28, disse o Senhor a Arão: Na sua terra possessão nenhuma terás, e no meio deles nenhuma parte terás; eu sou a tua parte e a tua herança no meio dos filhos de Israel.
E eis que aos filhos de Levi tenho dado todos os dízimos em Israel por herança, pelo seu ministério que exercem, o ministério da tenda da congregação. Os levitas administrarão o ministério da tenda da congregação e eles levarão sobre si a sua iniqüidade; e no meio dos filhos de Israel nenhuma herança herdarão.
E falarás aos levitas e dir-lhes-ás: Quando receberdes os dízimos dos filhos de Israel, que eu deles vos tenho dado em vossa herança, deles oferecereis uma oferta alçada ao Senhor: O dízimo dos dízimos.
E para concluir, no livro de Deuteronômio 14.29 diz: Então virá o levita (pois nem parte nem herança têm contigo), e o estrangeiro, e o órfão, e a viúva que estão dentro das tuas portas, e comerão, e fartar-se-ão; para que o Senhor teu Deus te abençoe em toda a obra das tuas mãos que fizeres.
Observe que o dízimo é direcionado para suprir as necessidades dos levitas, porque não possuíam parte e nem herança entre os judeus, e também designado com a finalidade de caridade aos estrangeiros, órfãos e as viúvas.
Notem também, que no início deste tópico, Jesus observava os ricos lançarem as suas ofertas alçadas na arca do tesouro, mas as sobras, enquanto que a pobre viúva, lançou ali, o seu sustento.
Aqui está a palavra revelada: Os ricos lançavam ofertas das sobras, para se exaltarem e humilhar aos pobres que ali depositavam pequenas quantias. Porem, em conformidade com a lei (Números 18.11-32), os ricos não podiam participar desse cerimonial, porque ali estava sendo exercida a oferta alçada, ou seja o dízimo dos dízimos.
E somente os filhos de Levi, recebiam o dízimo, portanto a oferta alçada só poderia ser praticada pelos levitas que não possuíam parte nem herança na terra prometida (Números 18.20-28), e pelos necessitados que também se beneficiavam do dízimo, por isso, Jesus exaltou o ato de fé daquela pobre viúva, que ofertou o seu sustento, doando o que havia recebido para a sua manutenção cotidiana.
A oferta alçada é a única oferta em dinheiro relatada na bíblia, tanto que a viúva pobre doou duas moedas do seu sustento. Porém, não poderá voltar a ser praticada no tempo da graça, porque era o dízimo dos dízimos, das quais recebiam somente os que não possuíam parte nem herança no meio dos judeus, e também os despojados de bens materiais. Portanto, aquela irmã estava dizimando, em forma de oferta alçada.
Neemias 10.37-39, relata que as ofertas alçadas eram oferecidas também através das primícias dos frutos das árvores, dos grãos, do mosto, e do azeite, aos sacerdotes, às câmaras da Casa do nosso Deus. E quando os levitas recebessem os dízimos, trariam os dízimos dos dízimos (ofertas alçadas) à Casa do nosso Deus, às câmaras da casa do tesouro.
Uma pausa para meditação: No livro de Malaquias 3.8, o Senhor alerta: Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas.
A Palavra é profunda, mas observe: Quem tinha ordem segundo a lei de receber os dízimos e ofertas alçadas, senão os sacerdotes levitas? (hoje representados pelos líderes das igrejas denominacionais). Os roubadores que a Palavra está se referindo, não são os que deixam de doar, mas justamente os que recebem os dízimos e as ofertas alçadas. Medite e tire a sua própria conclusão.
Outra referência bíblica muito usada pelos pregadores, para pedir dinheiro, está na segunda carta aos Coríntios 9.6-8, assim descrito:
O que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância em abundância também ceifará. Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.
Mas esta citação não é uma ordenança para se tomar ofertas para a obra do Senhor, este texto é uma referência sobre o amor ao próximo, em forma de caridade, citados em todos os livros do Novo Testamento.
E para não pairar dúvidas que a ordenança é sobre a caridade, se continuarmos a leitura, no versículo seguinte (9) do mesmo capítulo, está escrito: Distribuiu, deu aos pobres, a sua justiça permanece para sempre.
Observou o que o Senhor mandou semear com alegria? E se fosse como os pregadores citam, para tomar dinheiro dos fieis, a palavra seria contraditória, porque na Nova Aliança, não há sequer um versículo, admitindo a prática para ofertas, seja em dinheiro ou quaisquer outros bens materiais. E os que praticam de forma diferente do que está escrito, estão adulterando a Palavra do Senhor.
Porque hoje vivemos o tempo da graça do Senhor Jesus e qualquer esforço para voltar a lei de Moisés que Cristo desfez na cruz, é anular o sacrifício do Cordeiro de Deus e reconstruir o muro da separação, por Ele derrubado (Efésios 2.13-15).
Louvai ao SENHOR ..

DEUS NÃO PRECISA E NÃO ACEITA BENS MATERIAIS






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E em Romanos 2.35, a palavra do Senhor, à luz do Evangelho diz: Quem deu primeiro a Ele para que fosse recompensado? Será que precisamos dar algum bem material a Deus para recebermos a suas bênçãos?
Por ventura o nosso Deus é um Deus de barganha? No Salmo 50.12 disse o Senhor: Se eu tivesse fome, eu não vos diria, pois meu é o mundo e a sua plenitude. Em Deuteronômio 10.17 está escrito: O Senhor não aceita recompensas.
Em Isaias 5.3, a palavra diz: Por nada fostes vendidos, também sem dinheiro sereis resgatados; o que é confirmado ainda em Isaias 55.1, onde diz: Vinde as águas, todos os que tem sede e os que não tem dinheiro, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço.
Dar dinheiro na igreja não nos dará galardão nenhum perante a Deus, porque no Evangelho de Cristo não há ordenança para se tomar dinheiro dos fiéis, dízimo e nem oferta. Então alguém poderá citar a oferta daquela pobre viúva que deitou duas moedas, do seu sustento na arca do tesouro e foi por Jesus Cristo, reconhecida (Marcos 12.41-44).
Isso ocorreu porque no Antigo Testamento, havia ordenança para se tomar os dízimos do povo, os quais eram também oferecidos ao Senhor em ofertas alçadas, que é o dízimo dos dízimos (Números 18.19-26). Portanto aquela irmã estava dizimando.
Porém, Jesus reconheceu a lei de Moisés, tanto que Ele mesmo disse: Eu não vim abolir a lei, mas vim para cumprir (Mateus 5.17), porque Ele viveu na vigência da lei.
Mas após ter consumado sua missão de morrer na cruz e ressuscitar, a lei findou-se. O que precisamos entender de vez por todas, é que não só o DÍZIMO, mas toda a lei cerimonial do Antigo Testamento foi por Cristo, abolida (Hebreus 7.18; II Coríntios 3.14). A lei e os profetas duraram até João Batista. (Lucas 16.16).
Hoje vivemos a graça do Senhor Jesus e qualquer esforço para voltar a lei de Moisés, que Cristo desfez na cruz , é anular o sacrifício do Cordeiro de Deus e reconstruir o muro da separação que foi por ele derrubado (Efésios 2.13-15).
Em II Coríntios 9.6,7 a palavra diz: O que semeia pouco, pouco também ceifará, o que semeia em abundância, em abundância também ceifará. Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza, ou por necessidade, porque Deus ama quem dá com alegria.
Muitos pregadores usam este texto sagrado por ocasião da coleta, dizendo que isto é dinheiro para a obra do Senhor, mas não mencionam o versículo 9 do mesmo capítulo onde a palavra diz: Distribuiu, deu aos pobres, a sua justiça permanece para sempre.
Observaram, o que o Senhor mandou semear com alegria? Neste texto, o Senhor está ordenando que façamos caridade, como determinou em todos os livros do Novo Testamento. Mesmo porque o Senhor Jesus nunca mandou semear dinheiro nas igrejas, mas amor ao próximo, em forma de caridade.
Muitos perguntam, se não podemos coletar dinheiro dos irmãos, o que faremos para manter os templos?
Quando os discípulos mostraram a estrutura de um templo para Jesus, Ele lhes respondeu: Em verdade vos digo, que não ficará pedra sobre pedra que não seja derribada. (Mateus 24.1,2).
Por que então iremos nos preocupar com coisas materiais, que para o Senhor não tem valor algum? Na palavra está escrito: O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há, sendo Senhor do Céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens; nem tão pouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa, pois, ele é quem dá a todos a vida, e a respiração e todas as coisas. (Atos 17.24,25).
O templo que o Senhor valoriza não é a estrutura material construída por mãos de homens, porque igreja não é prédio, mas é formada por cada um de nós que o tememos e guardamos a sua palavra no coração, e formamos um corpo, cuja cabeça é o Senhor Jesus, e esse corpo constitui a igreja de Cristo que Ele virá buscar para a vida eterna, observe:
Vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Nele habitarei e entre eles andarei e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo (II Coríntios 6.16). Este é o templo que devemos e precisamos conservar íntegro, puro, santificado para a permanência do Espírito Santo do Senhor.
Em Mateus 18.20, disse Jesus: Onde estiver dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.
Portanto, meu amado irmão, não se deixe levar por suaves palavras, porque a palavra do Senhor nos alerta: Por avareza farão comércio de vós, com palavras fingidas (II Pedro 2.3). E o Senhor não terá o culpado por inocente; Ele disse: Errais por não conhecer as escrituras e nem o poder de deus. (Mateus 22.29), ...e maldito o homem que confia no homem (Jeremias 17.5), mas Bem-aventurado o homem que deposita a sua confiança no Senhor (Salmo 40.4).
Hebreus 13.15,16 Ofereçam sempre por ele a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome. E não vos esqueçais da beneficência e comunicação, porque com tais sacrifícios Deus se agrada.
É fácil agradar a Deus. O sacrifício que o Senhor requer de nós é este, que nós o adoremos, porque Deus é Espírito e importa que o adoremos em Espírito e em verdade (João 4.23,24), Ele não requer nenhum bem material, pois todas as coisas foram feitas por Ele. O Senhor quer que amparamos os nossos irmãos nas suas necessidades, que sejamos hospitaleiros (Romanos 12.13). Isto sim agrada a Deus. Isso é amor ao próximo, isso é ajuntar tesouro no céu.
Para alcançar a salvação necessário é fazer a vontade do Pai que está no céu (Mateus 7:21), obediência aos seus mandamentos, não só com palavras, mas com boas obras, porque amar ao próximo vai muito mais além do que esboçar um sorriso para o irmão, dar-lhe um abraço ou simplesmente dizer que o ama. Necessário é saber que o próximo sente a mesma fome, a mesma dor, o mesmo frio que sentimos, e precisamos socorrê-los nas suas necessidades..
Fazer caridade, isto sim, nos dará galardão para a vida eterna, no livro de Mateus 25.31-46, o Senhor Jesus nos dá a certeza que arrebatará para si os que foram caridosos com seu próximo, mas quanto aos que negligenciaram este amor está reservado o fogo eterno.
Vamos exemplificar: Saem dois irmão caminhando numa paralela, um pela direita e outro pela esquerda. O irmão que caminha pela esquerda sai por ai dando dinheiro para construir templos, para salários de dirigentes, para viagem da cúpula da igreja, enfim, dinheiro para ser usado em coisas materiais.
O irmão que caminha pela direita, dá alimento para quem tem fome, agasalho para quem tem frio, visitando os enfermos, acolhendo o estrangeiro, etc. No fim da jornada, ambos se deparam frente a frente com o Senhor Jesus. Então eu pergunto: Para qual dos dois o Senhor vai dizer: Vinde a mim, bendito do meu Pai, a tomar posse da coroa que lhe está reservada desde a fundação do mundo, porque tive fome e deste-me de comer, tive sede e deste-me de beber, estando nu me vestistes, sendo estrangeiro me hospedastes...? (Mateus 25.34,35).
É evidente que você dirá que o Senhor Jesus irá reconhecer o irmão que praticou boas obras, o amor ao seu próximo com caridade. Muito bem, é exatamente isso, mas vá você também, e faça da mesma forma, e terás um tesouro no céu, porque assim declarou o Senhor Jesus.
Fostes comprados por bom preço, não vos façais servos de homens (I Coríntios 7.23).        

EM BUSCA DA PROSPERIDADE.

No Antigo Testamento encontramos várias referências, onde o Senhor prosperava espiritualmente os que o temiam e lhes eram fieis. Também lhes concedia muitas bênçãos e prosperidades materiais, como recompensa pela fidelidade.
Podemos citar como exemplo, Abraão, o rei Davi, Salomão, Jó, mesmo depois de ter sido provado e perdido todos os seus bens, pelo seu temor, humildade e reconhecimento a autoridade e poder do Deus altíssimo, foi agraciado novamente com os seus bens materiais, em porções dobradas. E mesmo em Malaquias 3.10, há promessa de prosperidades materiais para os dizimistas fieis, conforme uso da Lei de Moisés (Números 18.21-26).
Porém, no Novo Testamento do Senhor Jesus, não encontramos mais a promessa de prosperidades materiais, aos que lhes são fieis pelo arrependimento e conversão.
Após Cristo ter-se dado em sacrifício vivo para remissão dos nossos pecados, para alcançarmos a salvação, as prosperidades materiais tornaram-se coisas insignificantes, pequenas diante da grandeza de Deus em nos proporcionar a oferta da vida eterna, pois, agora temos uma melhor e mais confortável esperança em Jesus Cristo, encontramos a vida, pela morte de Cristo na cruz. Algo infinitamente superior a todos os bens materiais deste mundo.
E não há enigma algum para entender isso. Antigo Testamento: Bênçãos e prosperidades materiais para o homem fiel a Deus. Novo Testamento: Paz no coração e oferta de vida eterna para os que crêem e guardam os mandamentos do Senhor Jesus até o fim.
Mas, lamentavelmente, os líderes eruditos das grandes igrejas que fazem a mídia no espaço evangélico, criaram um cifrão ($ ) como símbolo de fé para os que buscam a prosperidade, priorizando a vontade da carne e a materialidade, em detrimento a graça, as bênçãos espirituais e a oferta da salvação para a vida eterna.
Só vêem o que está diante do nariz, mas não tem olhos espirituais para ver a grande divisão que há entre o Antigo e o Novo Testamento do Senhor Jesus Cristo. Não anunciam o que é mais importante do que todos os bens deste mundo, o propósito de Deus para o homem, a salvação da vida eterna.
O dinheiro poderá suprir algumas necessidades materiais, e trazer alegria momentânea para as coisas deste mundo, mas não compra tudo, e jamais irá lhe proporcionar a oportunidade de provar o dom celestial e à consolidação na esperança da salvação para os dias vindouros.
Hoje, libertos do jugo da lei e vivendo pela graça do Senhor Jesus Cristo, a nossa primazia não pode continuar voltada para as prosperidades materiais. No Novo Testamento não há uma só referência; sequer um versículo de promessa de abundância material para os que esperam pela vinda de Cristo (se alguém souber me informe).
Ele nos dá a confortável confiança que não precisamos nos preocupar com o amanhã, com coisas materiais como alimento e as vestes. Devemos sim, buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e as demais coisas nos serão acrescentadas. Isso é, o essencial para o nosso cotidiano, porque a inquietação com o amanhã são coisas dos gentios, aqueles que não temem e nem confiam no poder do Senhor (Mateus 6.25-33).
No Evangelho de Lucas 18.28-30, disse Pedro a Jesus: Eis que nós deixamos tudo e te seguimos.
Respondeu-lhes disse: Na verdade vos digo que ninguém há que tenha deixado casa, ou pais, ou irmãos, ou mulher, ou filhos pelo Reino de Deus; e não haja de receber muito mais neste mundo e, na idade vindoura, a vida eterna.
E no livro de Mateus 6.24, disse Jesus: Ninguém pode servir a dois senhores, ou serve a Deus ou a mamon (quer dizer dinheiro, riqueza, poder, bens materiais, viver para o mundo).
No livro de Lucas 12.13-21, Jesus relata a parábola do rico insensato: disse-lhe um da multidão: Mestre, dize a meu irmão que reparta comigo a herança. Homem, quem me pôs a mim por juiz ou repartidor entre vós?
E propôs-lhe uma parábola dizendo: A herdade de um homem rico tinha produzido com abundância; e arrazoava ele entre si dizendo: Que farei? Não tenho onde recolher os meus frutos.
E disse: Farei isto. Derrubarei os meus celeiros e edificarei outros maiores, e ali recolherei todas as minhas novidades e os meus bens. E direi a minha alma: Alma tem em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe, e folga.
Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado para quem será? Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus.
Hoje continua da mesma forma, muitos buscam a Cristo como um juiz repartidor de bens materiais. Querem fazer grandes celeiros, e a viverem uma vida farta. Porém esquecem a finalidade principal da aspersão do sangue de Cristo na cruz, para nos dar da sua graça, remir o homem do pecado e lhe ofertar a vida eterna, para viver num lugar onde a morte já não existe mais, e não haverá mais pranto, nem dor e nem clamor, e Deus enxugará dos seus olhos toda lágrima.
E na carta aos Romanos 12.16, a palavra do Senhor diz: Não devemos ambicionar coisas altas, mas acomodar as humildes.
O que fora confirmado em I Timóteo 6.7-11, onde a palavra relata: Nada trouxemos para este mundo, e dele nada levaremos, mas tendo roupa e alimento, estejamos com isso contente.
Mas os que almejam bens materiais caem em tentação e acabam na perdição e ruína. Porque o amor do dinheiro é a raiz de todas as espécies de males, e nessa cobiça, alguns se desviaram da fé traspassando a si mesmo com muitas dores. E ainda alerta que o homem de Deus deve fugir destas coisas materiais e seguir a fé, a caridade, a paciência, e a mansidão.
Porque se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens (I Coríntios 15.19.
E no Mateus 6.19-21, Jesus alertou: Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam. Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam, nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.
Porque é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino do céu (Mateus 19.24). Que aproveita o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? (Mateus 16.26)
A palavra do Senhor faz uma exortação aos ricos deste mundo, que colocam o seu coração na incerteza das riquezas, nas coisas materiais, observe: Como dizem: Sou rico e de nada tenho falta, mas não sabe que é um desgraçado, e miserável, e pobre e nu e cego (Apocalipse 3.17).
Mas na carta aos Hebreus 13.5, deixou também o conforto espiritual para os que confiam verdadeiramente no seu poder, dizendo: Sejam vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes; porque ele disse: Não te deixarei, nem te desampararei.

DE GRAÇA RECEBESTE ,DE GRAÇA DAI.

Jesus reuniu os doze Apóstolos e os enviou antes às ovelhas perdidas da casa de Israel; e lhes ordenou, dizendo: Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai.
Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos; nem alforjes para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem bordão, porque digno é o operário do seu alimento (Mateus 10).
Até onde conhecemos a verdade anunciar o Evangelho de graça é mandamento. Com que direito então, a maioria dos pregadores aplicam a lei de Moisés, as quais foram por Cristo abolidas, sobretudo o dízimo (Malaquias 3.10), e qual a finalidade disso, para extorquir os bens materiais dos fieis?
Alegam que o dinheiro é para a obra do Senhor, mas o Deus vivo que servimos, o qual também tudo criou, não precisa, e nem aceita dinheiro ou coisas materiais, porque Ele mesmo disse: Se eu tivesse fome, não vos diria, pois meu é o mundo e a sua plenitude (Salmos 50.12).
No Antigo Testamento, o dízimo era ordenança da lei, porem, no princípio da igreja primitiva não era mais assim, e não permeava entre os cristãos esse comércio escandaloso. Eventualmente os irmãos supriam a necessidade dos homens santos de Deus oferecendo-lhes somente o essencial para a manutenção cotidiana, cumprindo a íntegra da Palavra do Senhor Jesus quando disse: Digno é o obreiro do seu alimento.
Entre os Apóstolos e discípulos de Cristo, não havia manipulação da Palavra para aquisição de bens materiais como fazem muitos pregadores atualmente, mas a Palavra era genuína, anunciada em verdadeira harmonia com o Evangelho de Cristo; e, milagres e maravilhas aconteciam pelas mãos dos Apóstolos. Exemplo legado por Paulo II Coríntios 12.14, onde declarou: Eis que estou pronto para, pela terceira vez, ir ter convosco e não vos serei pesado; pois não busco o que é vosso, mas, sim, a vós; porque não devem os filhos entesourar para os pais, mas os pais, para os filhos.
E por essaviva e humildade, havia virtudes até nas sombras dos Apóstolos, porque o caráter e procedimento desses, sempre foi compatível com a vontade Deus. Não arquitetavam doutrinas para atrair fieis, mas tudo era movido pela unção do Espírito Santo. E não havia entre eles fraudulência, mentira, e falsas promessas de prosperidades materiais, como ocorre na maioria das igrejas.
Mas lamentavelmente, hoje há uma moeda de troca pela Palavra de Deus, e pela autoridade dos pastores (sem generalizar), as campanhas, dízimos e ofertas estão mais poderosos do que Jesus Cristo nas igrejas.
Isso é abominação ao Senhor, porque o próprio Jesus condenou o comércio no templo, mas hoje a negociata tornou-se uma prática comum, alem de uma avalanche de doutrinas criadas pelos pregadores, entre as quais se destacam as campanhas, o indispensável pagamento dos dízimos e ofertas, tudo com a finalidade de angariar fundos, como também outros ensinamentos e rituais religiosos que não fazem parte do Novo Testamento legado por Jesus Cristo.
Então perguntamos: Qual é o valor dos mandamentos de Jesus Cristo para esses pregadores, o qual declarou: Um Novo Mandamento vos dou, se as igrejas criam a própria doutrina? Qual é o peso da Palavra de Cristo para esses que instituem um conjunto de princípios para introduzir ao sistema religioso?
Gálatas 1.8, diz: Ainda que nós mesmos ou um anjo do céu, vos anuncie outro Evangelho alem do que já vos tenho anunciado, seja anátema (quer dizer: Reprovação, maldição, execração).
Observe o perigo iminente em praticar doutrinas que não estão fundamentadas no Evangelho de Cristo, Paulo alerta que ainda que ele mesmo, ou um anjo do céu, anuncie outro evangelho, esse virá carregado de maldição e reprovação.
Imagine, que servo de Deus não sonha em receber a visita de um anjo do céu? Mas a ameaça aqui, não é o anjo, porque se vem do Senhor é para nos abençoar e santificar, e certamente não irá contraditar a Verdade. Mas a advertência vem para que estejamos vigilantes quanto à falsificação do verdadeiro Evangelho, porque a palavra lembra também, que satanás pode se transfigurar em anjo de luz e enganar até os escolhidos (II Coríntios 11.14).
E no livro de Apocalipse 22.18 e 19, disse Jesus: Se alguém acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; e, se alguém tirar quaisquer Palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida e da Cidade Santa, que estão escritas neste livro. E Jesus ainda ratificou dizendo: Se alguém me ama, guardará a minha Palavra (João 14.23).
Mas a sua Palavra hoje é tratada com desdém, por inúmeros dirigentes de igrejas que voltam a antiga fábula, como também introduzem novas doutrinas que não constam no Evangelho de Cristo, neutralizando os preceitos que não lhes são favoráveis.
Buscam sempre adequar as ordenanças da Palavra em oportunismo, porque não há compromisso com a verdade, ou porque não conseguem vislumbrar a divisão que há no tempo separando o A T fundamentado na lei de Moisés, a qual foi por Cristo abolida, com a herança da Graça sacramentada por Jesus no Novo Testamento.
Hoje, não existe mais a figura do levita, alem disso, não somos mais servos de Moisés, mas discípulo de Cristo, onde ninguém precisa pagar mais nada para receber as bênçãos do Senhor Deus, porque o seu próprio Filho pagou o mais alto preço para resgatar o homem da maldição do pecado, com o seu próprio sangue.
E as conseqüências da desobediência são trágicas, porque os dirigentes acabam induzindo os servos ao erro, em verdadeira doutrina de Balaão, buscando apenas a vitória nas prosperidades materiais, deixando em segundo plano, o propósito primordial do sacrifício do Senhor Jesus Cristo, que é a libertação e a salvação do homem que vive no pecado.
Vamos meditar no testemunho deixado pelo nosso irmão Paulo, no livro de Atos 20.33 e 35:
De ninguém cobicei a prata, nem o ouro, nem a veste. Vós mesmos sabeis que, para o que me era necessário, a mim e aos que estão comigo, estas mãos me serviram.
Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário auxiliar os enfermos e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber.
Observem, Paulo, Apóstolo chamado por decreto do Altíssimo exemplifica o testemunho de lisura para o rebanho de Cristo, para que assim também procedemos, elucidando em si mesmo, que trabalhando com as suas próprias mãos, é necessário, realizar a obra para a qual fostes chamados e auxiliar os irmãos em suas necessidade, e nos faz recordar as Palavras do Senhor Jesus que recomendou dizendo: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber.
Essa palavra nos dá a certeza que muitos pregadores de hoje, que são remunerados para trabalhar na obra, estão caminhando na contramão do Evangelho de Cristo. Para esses, mais bem-aventurada coisa é receber e não doar. Aliás, conhecemos ministros que aconselham a igreja a não fazer caridade, negando a eficácia da supremacia do amor de Cristo, anunciada em todos os livros da Nova Aliança.
Existem irmãos, com a concepção que para servir a Deus e receber as suas bênçãos, se faz necessário membrar-se a uma igreja institucionalizada e contribuir com os dízimos e ofertas. Mas esse entendimento é um equivoco fora da Palavra, pois em I Coríntios 7.23, que diz: Fostes comprados por bom preço, não vos façais servos dos homens. E o próprio Jesus declarou: Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles (Mateus 18.20).
Porem, no Evangelho de Mateus 6.1-4, vem a revelação da obra que verdadeiramente agrada ao Pai, como também virá dele a recompensa pela obra da sua mão, porque assim nos ensinou o seu amado Filho Jesus. Vejam:
Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles, aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que estais nos Céus.
Mas guando deres esmola, não façais tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
Mas tu, quando deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita, para que a tua esmola seja dada ocultamente, e teu Pai que vê em segredo, te recompensará publicamente.
A esmola mencionada por Jesus é o ato de caridade, o amor ao próximo, e observem que Ele recomenda que devemos evitar fazê-la publicamente, para que não sejamos idênticos aos falsos religiosos, os quais, praticam a caridade não para agradar a Deus, mas para exaltarem-se diante dos homens.
Meditem na profundidade desse mandamento (a caridade), o que uma das mãos faz que a outra não possa saber? Isso significa que quando praticamos algum bem, se torná-lo público, o ego e a soberba prevalece em nós, porque exaltamo-nos diante dos homens, conseqüentemente, passamos a humilhar o necessitado.
O Senhor faz semelhança das mãos, comparando-as às pessoas mais próximas do seu convívio, e recomenda a praticar a caridade ocultamente, para que sejamos recompensados publicamente, pelo Pai que vê tudo em segredo. Isso sim é agradável aos olhos de Deus, porque foi ensinado pelo seu próprio Filho, Jesus (meditar em Mateus 25.31-46, Tiago 2.14-26).
E o nosso irmão Paulo trouxe em memória a palavra do Senhor Jesus, o qual enfatizou: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber.
De graça: Quer dizer, sem pagar, porque não há custo, e nem moeda de troca. É o amor de Deus que salva as pessoas. Favor ou mercê concedida por Deus.
Louvai ao Senhor